Barcelona conquista Liga dos Campeões 2008/2009 ao vencer o Manchester United por 2-0

A final da Liga dos Campeões, sonho de clubes e jogadores de todo o mundo, foi este ano decidida a favor da equipa do Barcelona que venceu o Manchester United por 2-0. A equipa espanhola fez valer toda a sua categoria e talento, a exemplo do que demostrou ao longo de uma época inesquecível. Vencedores da Liga Espanhola, Copa do Rei e Champions League, Pepe Guardiola entra na história do futebol do pais vizinho, como mentor do primeiro triplete de um clube espanhol. O Barça venceu 42 dos 61 jogos disputados. Já agora, a Espanha escapou a Itália e Inglaterra e, com 12 conquistas, passou a ser o país com maior número de títulos europeus. Portugal é sexto, com quatro.

Guardiola, de 38 anos, é literalmente um homem da casa. Foi formado no Barça, saiu da sua cantera e assumiu o papel de capitão do clube e da selecção espanhola. Dentro de campo jogava brilhantemente no meio campo (estilo de Xavi), logo à frente dos defesas da sua equipa e sempre foi um estratega. Agora, desde o início da temporada, assumiu o comando da equipa do seu coração e depois de um início um pouco difícil mostrou que foi a melhor escolha colocando o clube no caminho dos títulos e a praticar um futebol bonito e esse é uma das principais características do Pep jogador e do Pep treinador, o futebol bem jogado.



No Stadio Olimpico de Roma, nova grande conquista para os espanhóis, depois do Campeonato da Europa no ano passado. No entanto, foi o Manchester United que começou melhor. Sempre com o selo de Cristiano Ronaldo. O jogador português esteve em grande destaque nos primeiros 8 minutos, ao protagonizar três lances de perigo para a baliza de Valdés. Logo aos 45 segundos, já estava a desferir uma "bomba", parada de forma pouco ortodoxa pelo guarda-redes espanhol.



Aos 7' a aos 8' rematou de muito longe com perigo. Os red devils avisaram três vezes, mas foram os blaugrana que se adiantaram no marcador, após belo trabalho de Samuel Eto'o, que passou por Vidic de forma espectacular e atirou a contar perante Van der Sar, que podia ter feito algo mais para evitar o golo. A partir do 1-0, os jogadores do Barça sentiram-se nas suas sete quintas: podiam fazer o seu habitual jogo de posse de bola.

Messi, até então escondido, começou a aparecer em acção, com lances deliciosos. Mas o melhor em campo era Xavi, que organizava o jogo ofensivo dos catalães com mestria. Já Cristiano Ronaldo desapareceu um pouco, por culpa da falta de jogo que chegava aos seus pés. O intervalo chegou em boa altura para a equipa inglesa, pois os espanhóis ameaçavam fazer o segundo golo a qualquer momento.



O domínio catalão aumentou após o intervalo.Logo nos primeiros minutos após o descanso, Henry, depois de sentar Rio Ferdinand, obrigou Van der Sar a grande intervenção. E Xavi atirou de livre directo ao poste do guarda-redes holandês. Alex Ferguson percebeu que tinha de fazer alguma coisa e fez entrar Berbatov para o lugar de Park, isto depois de já ter substituído Anderson por Tevéz no recomeço. Mas como se sabe, não é por ter muitos avançados em campo que uma equipa fica mais perto de vencer. O Barcelona continuou a dominar em toda a linha e Messi acabou com as esperanças de Cristiano Ronaldo a 20' do final. E da maneira mais improvável: com um fantástico golo de cabeça, a emendar fantástico cruzamento de Xavi, o melhor jogador em campo. No final, uma festa espectacular da festa ao som do hino.



Em destaque esteve igualmente o argentino Lionel Messi, que além de vencer o duelo particular com Cristiano Ronaldo - ao ganhar a final ficou claramente mais próximo de suceder ao português como melhor jogador do Mundo -, sagrou-se também como o melhor marcador desta edição 2008/2009 da Liga dos Campeões, com 9 golos.

Depois de o Manchester United ter falhado o que o AC Milan conseguiu ao conquistar duas Taças dos Campeões consecutivas, em 1989 e 1990 (Benfica), o Barcelona vai estar duplamente determinado em alcançar esse objectivo, que parece inatingível, já que a final de 2010 é no Estádio Santiago Bernabéu!

O Real Madrid continua destacado na liderança da lista de vencedores da Liga dos Campeões, com nove títulos - o último dos quais em 2002 -, mais dois do que o AC Milan, que soma sete e conquistou o troféu pela última vez há duas temporadas. O Liverpool totaliza cinco títulos, mais um que Ajax e Bayern Munique, seguindo-se o Manchester United com três. O Barcelona surge com três troféus, mais um do que outras seis equipas, com dois títulos de campeão europeu no seu palmarés, entre as quais se encontram Benfica e FC Porto.

Sondagem Desportugal

Deixo para o final, o resultado da sondagem do Desportugal, onde estão as vossas escolhas para equipa favorita a vencer a Champions. Parece que a maioria perdeu!!



Fotogalerias da final da Liga dos Campeões

- Fotos tiradas por um adepto no Estádio Olimpico de Roma, neste link (excelente qualidade)
- Fotos de outro adepto, mas com imagens da cidade de Roma e no estádio, neste link.
- Fotos tiradas nas ruas de Barcelona ao autocarro que saudava os adeptos, neste link (excelente)
- Fotos do jornal Marca, neste link.
- Fotos do jornal Às, neste link
- Fotos do jornal El Mundo Deportivo, link

Vídeo

Barcelona 2-0 Manchester United (final da Liga dos Campeões 2008/2009)
Eto'o 10'
Messi 70'




Fotos: AP

Página Inicial

Manchester United (Ronaldo) e Barcelona (Messi) finalistas da Liga dos Campeões 2008/2009

Tanto elogiei o Barcelona no último post, acerca das suas indiscutíveis capacidades de elevar técnicamente o futebol, mas neste jogo da 2ª mão das meias-finais da Liga dos Campeões frente ao Chelsea fiquei desiludido. Aliás este poderá ser o sentimento da maioria, não porque o Barça marcou e chegou à sua quarta final de sempre, mas pela injustiça a que o Chelsea foi sujeito.

A figura principal acabou por ser o àrbitro norueguês (Tom Henning) que mais parecia o Shrek e a exemplo da conhecida personagem de ficção só fez asneirada. Fez vista grossa a dois penáltis clarissímos cometidos pela formação espanhola e outros dois discutíveis também a penalizar a equipa da casa. Os graves erros até poderiam ter caido no esquecimento não fosse o génio de Iniesta fazer um golo de uma vida nos segundos finais e colocar o Barcelona na final de Roma com o Manchester United. No final do jogo, Drogba e Ballack ( e outros) entraram numa "erupção" nervosa, muito à imagem do que a selecção portuguesa fez na meia-final do Euro 2000 com a França e os danos colaterais não devem ser poucos.



Quanto ao jogo em Stamford Bridge, o Chelsea voltou a conseguir anular os pontos fortes do Barcelona, que são a facilidade em construir lances de finalização, graças a um bloco defensivo muito bem estruturado por Gus Hiddink. Os blues apesar de disporem de alguns dos melhores jogadores do mundo, souberam respeitar os catalães e no contra-ataque quase resolveram a eliminatória.

Com Yaya Touré a central ao lado de Gerard Piqué e Busquets no centro do meio-campo, o conjunto de Guus Hiddink ainda não tinha chegado à área adversária, mas quando o fez, aos nove minutos, inaugurou o marcador. Lampard tentou o passe já dentro da área, a bola desviou em Touré, ganhou altura e, de primeira, Essien desferiu um portentoso pontapé de longe com o pé esquerdo que fez a bola bater ainda na parte inferior da trave da baliza de Víctor Valdés.

O golo fez explodir os adeptos dos “blues” e, pouco depois, estes quase voltaram a festejar, mas o remate de Lampard saiu por cima da baliza, após fuga de Florent Malouda pelo lado esquerdo. Nesta altura, o Barça, privado de Thierry Henry, que não recuperou a tempo de uma lesão num joelho, apenas conseguiu criar perigo à passagem do minuto 21, altura em que um livre directo de Alves, a mais de 30 metros da baliza, errou por pouco o alvo. O Chelsea aproveitava todos as oportunidades para contra-atacar e Valdés antecipou-se por duas vezes a Drogba, tendo pelo meio negado o golo ao ponta-de-lança da Costa do Marfim num livre directo apontado perto da linha de fundo.

Sem se conseguirem libertar da autêntica teia montada por Hiddink, os catalães viram-se obrigados a tentar a sorte de longa distância, como são exemplos os remates de Iniesta e Xavi. E foi precisamente com este lance que terminou a etapa inicial, durante a qual o Barça, apesar da maior tempo de posse de bola , não conseguiu qualquer pontapé na direcção da baliza de Cech e viu anulados os seus principais elementos, nomeadamente Messi e Eto’o.

A precisar de marcar, a equipa de Guardiola voltou a ter o domínio territorial após o reatamento, mas foi o Chelsea a estar mais perto de aumentar a vantagem quando Drogba, sozinho frente a Valdés e bem desmarcado por Anelka, tirou Piqué do caminho e permitiu a defesa com o pé direito ao guardião espanhol. O Barcelona aumentou a pressão e Keita atirou por cima, antes de Messi ganhar espaço no meio e rematar ao lado, já perto da grande área

Logo a seguir, Drogba desviou de cabeça um lançamento longo para a entrada rápida de Anelka e o avançado francês apareceu estatelado num lance com Abidal quando caminhava isolado para a baliza, motivo pelo qual o seu compatriota viu o cartão vermelho aos 66 minutos. Valdés defendeu depois um remate perigoso de Lampard, antes de Piqué atirar ao lado a dez minutos do fim. O Chelsea conseguira travar todas as iniciativas do Barcelona, mas num derradeiro esforço, Iniesta recebeu um passe de Messi perto da área e desferiu um remate com o pé direito que colocou o Barça em Roma nos descontos, no único pontapé da equipa na direcção à baliza em todo o desafio.



No repleto Emirates Stadium a sonhar com uma reviravolta do Arsenal frente ao Manchester United, tudo foi ilusão até aos 8 minutos quando os red devils na primeira vez em que chegou à baliza adversária. Anderson abriu para Cristiano Ronaldo na esquerda, o extremo português cruzou atrasado para o coração da área e Gibbs, que parecia ter o lance controlado, escorregou e deixou Park sozinho que, perante o guarda-redes Manuel Almunia, não perdoou.

Se o golo do internacional sul-coreano deixava ainda mais complicada a tarefa dos londrinos, o segundo golo do ManUnited, passados quatro minutos, praticamente definiu o destino da eliminatória. van Persie fez falta sobre Cristiano Ronaldo e o próprio encarregou-se de bater o livre directo a cerca de 25 metros da baliza, fazendo o esférico passar pela barreira e entrar junto ao poste esquerdo de Almunia. Atordoados pelos golos, os jogadores do Arsenal viram o seu guardião negar novo ensejo do United aos 18 minutos, quando o espanhol desviou pela linha de fundo um colocado pontapé em arco de Wayne Rooney, na sequência de excelente troca de bola no ataque dos visitantes.

Ronaldo surgiu em boa posição na sequência do pontapé de canto correspondente, mas o seu remate de cabeça errou por pouco o alvo e, em mais um capítulo do duelo entre ambos, Almunia conseguiu segurar sem problemas um livre do camisola 7 pouco depois da meia-hora, antes de voltar a brilhar perto do intervalo. As dificuldades do conjunto de Arsène Wenger em criar perigo para a baliza de Van der Sar ficaram evidentes no facto de, no final da primeira parte, apenas ter rematado uma vez na direcção da baliza do United, por intermédio do inconformado Fàbregas.

O Arsenal iniciou a segunda metade mais uma vez a tentar imprimir velocidade ao jogo, na procura de golos que permitissem pelo menos discutir o resultado, mas mais uma vez Ronaldo apareceu para deitar por terra as pretensões dos londrinos. Os «red devils» adoptaram uma toada de contra-ataque, procurando a velocidade do seu número 7, e na primeira oportunidade da segunda metade o marcador voltou a mexer para os comandados de Ferguson, numa grande jogada iniciada por Ronaldo, que coloca a bola em Park Ji-Sung, o internacional coreano desmarca muito bem Wayne Rooney, que devolve a bola Cristiano Ronaldo para este não perdoar perante Almunia. Estava feito o 0-3 e o United selava em definitivo a passagem à final.

Alex Ferguson aproveitou e fez descansar Anderson, Evra e Rooney, rendidos por Giggs, Berbatov e Rafael, mas viu Darren Fletcher ser injustamente expulso após um lance com Fabregas dentro da área, que Roberto Rosetti entendeu merecedor de grande penalidade. O médio do United joga a bola antes do contacto com o internacional espanhol, desviando-a do seu caminho. Robin van Persie converteu de forma irrepreensível o castigo máximo e fez o 1-3 para a sua equipa.



Agora, o próximo adversário do Manchester United dá pelo nome de Barcelona e o jogo decisivo está marcado para o dia 27 de Maio, no Olímpico de Roma. Ambas as equipas vão actuar sem jogadores importantes, devido a castigo: o United não pode contar com Darren Fletcher, enquanto Abidal foi expulso em Londres e está suspenso, bem como Daniel Alves, que viu, frente ao Chelsea, o terceiro cartão amarelo na competição. O Barcelona vai tentar impedir o Manchester United de se tornar a primeira equipa a revalidar o título europeu desde que o AC Milan o conseguiu em 1990 frente ao Benfica.

Resultados da 2ªmão das Meias-finais da Liga dos Campeões 2008/2009

Chelsea - Barcelona, 1-1 (Essien 9'; Iniesta 93')
Arsenal - Manchester United, 1-3 (Van Persie 76' g.p.; Park 8', Cristiano Ronaldo 11' e 61')

Vídeo

Chelsea 1-1 Barcelona
Essien 9'
Iniesta 93'


Arsenal 1-3 Manchester United
Park 8'
Cristiano Ronaldo 11' e 61'
Van Persie 76'


Resumo alargado do Chelsea 1-1 Barcelona, aqui

Fotos: AP

Página Inicial

Liga dos Campeões: Manchester vence Arsenal e Chelsea anula Barcelona na 1ª mão das meias-finais

Confesso que fiquei algo desiludido com os dois jogos da primeira-mão das meias finais da Liga dos Campeões 2008/2009. Com 3 grandes equipas inglesas de futebol de ataque (como temos assistido) e uma formação espanhola - o Barcelona - que só por si rotulada de equipa maravilha, foram 120 minutos de sacrifício em frente à TV. Se em Nou Camp o Chelsea secou por completo o talento blaugrana, sacrificando craques como Lampard, Drogba em tarefas ultra-defensivas, em Old Trafford o Arsenal foi mediocre demais. Nem parecia a equipa que há 1 semana "dinamitou" a defensa do Liverpool. Pouco, muito pouco, se relacionarmos a capacidade ofensiva e a eficácia de remate com os tais números já apresentados esta temporada.



No "Teatro dos sonhos" o carrasco do FC Porto, o Manchester United está em excelente posição para alcançar a segunda final consecutiva da Liga dos Campeões, depois de um golo de irlandês O'Shea ter garantido uma vantagem curta (1-0), mas preciosa, frente ao Arsenal. No entanto, os "gunners" mantêm em aberto as suas possibilidades de dar a volta à eliminatória em Londres, depois de terem aguentado a intensa pressão dos "red devils".

O guarda-redes do Arsenal, Almunia, já tinha assinado boas defesas a remates de Wayne Rooney e Carlos Tévez quando O'Shea, aos 17 minutos, aproveitou da melhor forma um alívio incompleto da defesa adversária para assinar o 1-0. A noite poderia ter sido bem pior para a equipa visitante, já que o Manchester United dominou grande parte do encontro e teve boas ocasiões para conseguir uma vitória mais dilatada. A melhor dessas oportunidades pertenceu a Cristiano Ronaldo que, com um remate a 30 metros do alvo, deixou Almunia pregado ao solo, mas viu a bola embater na barra da baliza do Arsenal. A segunda mão joga-se na próxima terça-feira com o Arsenal a ter de vencer os homens de Manchester para conseguir atingir a final da prova, onde esteve presente há 3 épocas atrás tendo sido derrotado pelo Barcelona.



O Chelsea conseguiu anular a frente de ataque do Barcelona e deixou o repleto Nou Camp com um precioso 0-0, que deixa tudo em aberto para o encontro da segunda mão, em Londres. Com Bosingwa a actuar no lado esquerdo da defesa londrina, e em bom plano, não concedendo muitos espaços ao seu adversário directo, Messi, o Chelsea dispôs mesmo de uma excelente oportunidade para vencer o encontro, perto do final da primeira parte, mas Drogba não conseguiu levar a melhor sobre Víctor Valdés. Um atraso mal medido de Rafael Márquez para o seu guarda-redes foi interceptado por Drogba, o costa-marfinense ficou na cara do guardião espanhol, mas viu este negar-lhe, por duas vezes, o golo. O Barcelona, por seu lado, dominou o encontro, mas viu as suas iniciativas atacantes esbarrarem na coesa linha defensiva contrária e concretamente em Cech. O Barça volta a não conseguir vencer os ingleses no seu estádio somando 4 empates e uma derrota nos últimos 5 jogos e Guardiola, perdeu ainda dois pilares da defesa para o jogo da segunda mão em Stamford Bridge. Rafael Márquez contraiu sozinho uma grave lesão num joelho, enquanto o capitão Puyol viu um cartão amarelo que o impedirá de jogar.

Resultados da 1ªmão das Meias-finais da Liga dos Campeões 2008/2009

Manchester United - Arsenal, 1-0 (O'Shea 17´)
Barcelona - Chelsea, 0-0

Vídeo

Manchester United - Arsenal
O'Shea 17´


Barcelona 0-0 Chelsea


Video com a entrada da equipas por um adepto.

Fotos: AP

Página Inicial

Cristiano Ronaldo afasta FC Porto das meias-finais da Liga dos Campeões 2008/2009.

Não deu para mais, a caminhada do FC Porto na Liga dos Campeões 2008/2009. A única equipa portuguesa em prova, caiu à bomba de Cristiano Ronaldo, que assim segue na defesa do seu título conquistado na época passada. Os ingleses dominam em toda a linha a prova máxima do futebol europeu, somente acompanhados do Barcelona, que segue como favorito este ano nas bolsas de apostas. Eu apesar de adorar o futebol dos catalães, coloco sérias dúvidas, se os espanhóis conseguirão aguentar a pedalada que os ingleses demonstram nesta altura da época. Parece que quantos mais jogos esta gente faz, mais competentes e "frescos" se revelam. Vimos um jogo ontem, corrido quase a 200 km/h entre o Chelsea e Liverpool (4-4) e hoje, o Arsenal "rebentou" com o Villarreal. Quem pára estes atletas quase sobrehumanos? Pela quinta temporada consecutiva, vamos ter pelo menos um finalista inglês.



E assim uma equipa inglesa venceu pela primeira vez em casa dos portistas. O Manchester United venceu o FC Porto por 0-1 no Estádio do Dragão e com estrelinha de campeão, ditou o fim do sonho de chegar às meias-finais. Enganaram-se os que pensavam que o mais difícil havia sido conseguido na primeira mão com o 2-2 em Old Trafford.

O Manchester United chegou a Portugal com a lição muito bem estudada. Anulou o ponto forte do Porto, que são as transições rápidas para o ataque, bloqueou as subidas dos laterais, especialmente de Cissokho e deixou o génio à solta... E o génio foi Cristiano Ronaldo, claro está, que arrancou um remate fabuloso, que só parou no fundo da baliza de Helton. A bomba rebentara e o dragão tinha então de reduzir os estragos. A colocação de Anderson (que evolução)a funcionar como elo de ligação com o ataque e de Cristiano Ronaldo entre Fernando e os centrais portistas, percorrendo todo o ataque, baralhou a equipa dirigida por José Gomes devido ao castigo de Jesualdo Ferreira. O meio-campo não acertava com as marcações, algo que a lesão de Lucho (30') veio agravar. Com a saída do argentino, o Porto perdeu o "cérebro", o elemento da equipa que poderia lançar o ataque através de passes teleguiados, como foi exemplo um lance (25') em que colocou a bola em Lisandro.



O intervalo fez bem aos dragões, que reentraram em campo com mais garra. Lisandro comandou a revolta, mas os ataques raramente chegavam com perigo à baliza de Van der Sar, excepção feita às bolas paradas. Rodríguez não tinha espaço e era obrigado a recuar muito para ter a bola, enquanto Hulk não se soltou das amarras e de muita atrapalhação. Com o passar do tempo o ManUnited ganhou confiança. Rolando e Lisandro deram os últimos suspiros do dragão, que até poderia ter sofrido novo golo, quando Ronaldo obrigou Helton a grande defesa. O FC Porto cai nos quartos-de- final frente ao campeão europeu, após uma eliminatória disputada taco a taco. E bem pode orgulhar-se do que fez e dos 15 a 18 milhões de euros ganhos na Champions.

Galeria de fotos (Jornal "O Público") do FC Porto 0-1 Manchester United, neste Link.



O Arsenal secou por completo o Villarreal e vai defrontar o Manchester United na meia-final da Liga dos Campeões. Os "gunners" seguem imparáveis em 2009 — ainda não perderam este ano, somando ainda 18 jogos na Liga Inglesa — e atropelaram o Villarreal, que saiu do Emirates Stadium com uma derrota excessiva nos números, mas impecável para os ingleses e o seu futebol de ataque (3-0). Os três golos deram mais vantagem à trazida pela formação de Wenger de Espanha. O empate 1-1 em Villarreal deixava o Arsenal mais à vontade.

O sucesso dos "gunners" na Champions está baseado na sua defesa, que não sofre golos há cinco jogos nesta prova, mas ontem falou mais alto o seu ataque, perante um adversário demasiado temeroso. Se o Arsenal não acusou as ausências de Gallas e Djourou na defesa, já o Villarreal não superou a falta de Marcos Senna, lesionado para três semanas. O golo cedo de Theo Walcott (um grande golo, com um chapéu sublime sobre Diego López) tornou a noite ainda mais infernal para a equipa espanhola. No regresso a Londres, e a defrontar a sua anterior equipa, Robert Pires ia fazendo o pior: um autogolo salvo em cima da linha pelo seu companheiro Gonzalo Rodríguez — foi o mais perto que o Villarreal esteve do golo, e na baliza errada...

As muito ténues esperanças da equipa amarela terminaram nove minutos depois do golo de Adebayor. Ainda a passar pelo trauma do golo do avançado togolês - no limite do fora-de-jogo (foi apanhado seis vezes "off-side") rompeu pela área e fez o 2-0 -, o Villarreal sofreu um penálti (por suposta falta de Eguren) e uma expulsão, tudo aos 69 minutos. Van Persie marcou bem o castigo máximo e mandou os espanhóis para casa.

Galeria de fotos (adepto) do Arsenal 3-0 Villarreal, neste Link.

Resultados da 2ª mão dos Quartos-de-final da Liga dos Campeões 2008/2009

FC Porto - Manchester United, 0-1 (2-2, 1.ª mão) (Cristiano Ronaldo 6')
Arsenal - Villarreal, 3-0 (1-1, 1.ª mão) (Walcott 10', Adebayor 60', Van Persie gp 69')
Chelsea - Liverpool, 4-4 (3-1, 1.ª mão) (Drogba 51', Alex 57' e Lampard 76' e 89'; Fábio Aurélio 19', Xavi Alonso 28', Lucas 81' e Kuyt 82')
Bayern Munique - Barcelona, 1-1 (0-4, 1.ª mão) (Ribery 47'; Keita 73')

Video

FC Porto 0-1 Manchester United
Cristiano Ronaldo 6'


Arsenal 3-0 Villarreal
Walcott 10'
Adebayor 60'
Van Persie 69'



Todos os golos de 4ª feira da Liga dos Campeões 2008/2009




Fotos: AP

Página Inicial

Inesquecível Chelsea 4-4 Liverpool! Obrigado por estes 90 minutos! Blues e Barça na 1/2 final da Champions League

Mais um grande jogo de futebol para o meu àlbum de recordações. O que se passou esta noite em Stafford Bridge foi algo inesquecível, o Liverpool prometeu luta ao Chelsea e ofereceu um jogo que valeu por uma temporada de Liga dos Campeões. Os Blues levaram a melhor com o 4-4 final, mas os Reds serão sempre lembrados por aquela equipa que nunca desiste. O lema dos seus adeptos foi levado à letra - You'll Never Walk Alone. Ganharam mais um fan, amigos vermelhos!

Já tinha visto alguns jogos deste calibre pelas competições europeias, relembro um jogo entre o Werder Bremen e os belgas do Anderlecht, com estes a vencerem 0-3 ao intervalo e os alemães a conseguirem a reviravolta na 2ª parte com quatros golos. Outro jogo da história da UEFA, que é pertença dos registos das competições europeias, foi o mágico Bayer Leverkusen 4-4 Benfica, que valeu em 1994 a presença da equipa portuguesa nas meias-finais da extinta Taça das Taças. São estes jogos, com muitos golos e emoção que nós nunca esqueceremos.



Num hino ao futebol, numa partida que foi verdadeiramente alucinante,o Chelsea, que entrou em campo com a eliminatória praticamente resolvida (venceu 1-3 em Anfield Road), chegou ao intervalo completamente gelado. Perdia por 0-2 e o resultado podia ainda ser mais pesado. O Liverpool estava a um golo de atingir o milagre frente a um Chelsea que, nesta edição da Liga dos Campeões 2008/2009, ainda não tinha perdido em casa. A aflição dos "blues" começou aos 12’, quando Torres fez uma triangulação com Kuyt e Benayoun. O espanhol tirou um defesa do caminho, mas falhou quando tinha tudo para fazer o golo. O 0-1 chegaria pouco depois, aos 19’, num livre muito distante da baliza e que tudo indicava resultar num cruzamento: Fábio Aurélio rematou directo para a baliza e deixou o guarda-redes checo muito mal na fotografia. O Liverpool continuou claramente melhor e, aos 27’, Ivanovic agarrou Alonso na área. Xabi Alonso converteu o penálti e deixou a equipa muito perto do sonho. Mesmo antes do intervalo, os homens de Liverpool podiam mesmo ter invertido a eliminatória, mas Cech foi defendendo e segurando a eliminatória. Nas bancadas, os adeptos do Liverpool provavelmente recordavam o jogo frente ao Real Madrid no qual, aos 30’, venciam por 2-0 e acabaram por golear por 4-0.



A alegria dos homens de Liverpool, porém, durou pouco na segunda parte. No primeiro minuto, os reds tiveram uma boa oportunidade para marcar, mas, aos 51’, foi Reina quem resolveu imitar o seu homólogo checo e defendeu a bola para a própria baliza, depois de um cruzamento de Anelka e um pequeno toque de Drogba. Seis minutos depois, os adeptos do Chelsea tiveram finalmente razões para festejar aquilo que parecia ser praticamente a garantia da passagem à fase seguinte. Graças a um grande golo de Alex que, num livre directo, arrancou um remate indefensável para Reina. Os "blues" renasceram e uma jogada de Drogba quase permitia a Ballack marcar novamente. A sentença (aparentemente) de morte veio muito pouco depois (75’): Ballack colocou em Drogba, que entrou na área, foi à linha de fundo e cruzou para Lampard finalizar.

Mas esta partida foi de loucos. Aos 81’, Lucas Leiva, com um remate de fora da área, empatou a partida, depois de um desvio em Essien. Dois minutos, depois Kuyt colocou novamente o Liverpool na frente: cruzamento de Riera e cabeceamento espectacular do holandês para o fundo da baliza. Quando os adeptos do Chelsea estavam a ficar inquietos, surgiu finalmente (89’) um novo golo de Lampard (a bola bateu nos 2 postes e entrou!), que acabou definitivo com a eliminatória. O Chelsea estava nas meias-finais, com as duas equipas a proporcionaram sem sombra de dúvidas a partida mais emocionante da competição. Agora segue-se um Barcelona VS Chelsea. Vai um prognóstico?



No Allianz Arena, tudo mais calmo, por culpa da goleada de 4-0 do Barcelona ao Bayern de Munique que deixou praticamente tudo definido quanto ao semi-finalista. Mesmo assim o orgulho alemão disse presente, mas sem grande capacidade de anular um Barcelona que vem encantando a europa. Um golo do francês Ribéry no início da segunda parte, foi motivo parea colocar os espanhóis em alerta. Aos 73´minutos, confirmamos o poderio ofensivo do Barcelona numa jogada colectiva simplesmente fabulosa. A habitual troca de passes e rápidas desmarcações, abriu espaço para o potente remate de Seydou Keita que só parou nas redes de Butt . O Bayern caia na Champions sem vingança. Não esquecer, dia 28 de Abril em Camp Nou, Barcelona- Chelsea.

Agora é esperar umas horas e ficar a saber se o FC Porto consegue a proeza de eliminar uma das equipas inglesas e campeão europeu, juntando-se a esta elite de equipaças. Boa sorte para os portistas.

Resultados da 2ª mão dos Quartos-de-final da Liga dos Campeões 2008/2009

Chelsea - Liverpool, 4-4 (3-1, 1.ª mão) (Drogba 51', Alex 57' e Lampard 76' e 89'; Fábio Aurélio 19', Xavi Alonso 28', Lucas 81' e Kuyt 82')
Bayern Munique - Barcelona, 1-1 (0-4, 1.ª mão) (Ribery 47'; Keita 73')
FC Porto - Manchester United, 0-1 (2-2, 1.ª mão) (Cristiano Ronaldo 6')
Arsenal - Villarreal, 3-0 (1-1, 1.ª mão) (Walcott 10', Adebayor 60', Van Persie gp 69')

Video

Chelsea 4-4 Liverpool
Fábio Aurélio 19'
Xavi Alonso 28'
Drogba 51'
Alex 57'
Lampard 76' e 89'
Lucas 81'
Kuyt 82'


Bayern Munique 1-1 Barcelona
Ribery 47'
Keita 73'


Todos os golos de 3ª feira da Liga dos Campeões




Fotos: AP

Página Inicial

Liga dos Campeões: Resultados da 1ª mão dos Quartos-de-final - Barcelona goleou Bayern e Chelsea venceu 1-3 em Anfield Road

Depois da boa prestação do FC Porto em Old Trafford, ontem, seguiu-se o segundo dia da primeira eliminatória dos quartos-de-final da Liga dos Campeões 2008/2009, com o Barcelona a dar um recital de futebol em Camp Nou frente ao Bayern de Munique e o Chelsea a garantir uma excelente vantagem em Anfield Road frente ao Liverpool. A perspectiva de um duelo nas meias-finais entre o Barça e os Blues é o cenário mais realista.



Em Camp Nou, o Barcelona mais parecia uma equipa de PlayStation, tal foi a qualidade exibida despachando o Bayern de Munique em 45 minutos de magia com quatros golos sem resposta. No espaço de quatro dias, os carrascos do Sporting, levaram da mesma dose que aplicaram aos leões, encaixando um score negativo de 1-9, pois no último sábado tinham perdido 5-1 com o Wolsburgo!

O Barcelona continua a demonstrar que está a léguas de qualquer outra equipa do mundo em termos de qualidade futebolística. O tridente Messi, Eto´o e Thierry Henry decidiu que era noite de brilhar e os defesas alemães também decidiram apreciar o espectáculo. Entre eles Hans-Jörg Butt, antigo guarda-redes do Benfica que foi mais vítima do que culpado, pois pouco poderia fazer nos golos de Messi (bissou e destacou-se como o melhor marcador da competição com 8 golos), Eto´o e Henry. De resto, Butt fez tudo o que lhe era possível e devido à sua coragem levou com uma "patada" impressionante de Henry na cara. Ao intervalo já estava nos 4-0 e ao Bayern valeu ter baixado de ritmo na segunda parte. De negativo no Barça apenas a expulsão de Guardiola, ainda no primeiro tempo, por protestos excessivos após uma queda de Messi na área. Com a qualificação garantida, o Barça fica sem técnico para o segundo jogo.



O Liverpool e o Chelsea encontraram-se pelo quinto ano consecutivo na Liga dos Campeões. E esta época a vantagem está do lado do Chelsea, que venceu com alguma surpresa em Anfield Road por 1-3, com golos do defesa Ivanovic e outro de Didier Drogba. Os adeptos dos "Reds" nem desconfiavam que iriam sofrer a primeira derrota com o Chelsea na competição, principalmente depois do golo de Fernando Torres , logo aos seis minutos. Só que o Chelsea com Deco e Ricardo Carvalho no banco, reagiu e empatou ainda na primeira parte. Entre os minutos 62´e 67´resolveu a questão com mais dois golos. Para a semana há mais, mas a vantagem é azul.

Resultados da 1ª mão dos Quartos-de-final da Liga dos Campeões 2008/2009

Manchester United - FC Porto, 2-2 (Rooney 16', Tévez 85'; Rodríguez 4'; Mariano 89')
Villarreal - Arsenal, 1-1 (Senna 10'; Adebayor 66')
Liverpool - Chelsea, 1-3 (Fernando Torres 6'; Ivanovic 39' e 62', Drogba 67')
Barcelona - Bayern Munique, 4-0 (Messi 9' e 38', Eto'o 12', Henry 43')

Video

Liverpool 1-3 Chelsea
Fernando Torres 6'
Ivanovic 39' e 62'
Drogba 67'


Barcelona 4-0 Bayern Munique
Messi 9' e 38'
Eto'o 12'
Henry 43'


Golos de 4ª feira




Fotos: AP

Página Inicial

FC Porto concretizou exibição de sonho em Old Trafford (2-2) frente ao Manchester United

A crítica nacional, europeia e mundial foi unânime. O FC Porto fez talvez umas das suas melhores exibições de sempre em Inglaterra, alcançando um precioso empate a duas bolas no mitíco estádio de Old Trafford(silenciado grande parte do tempo), frente ao Manchester United na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões 2008/2009. Este resultado deixa os dragões em excelente posição de alcançar o G-4 da Champions, para isso suceder, basta um empate até 1-1.

Falamos aqui muito sobre o futebol português, dos seus reais problemas, mas certo é que a nível de competições europeias, continuamos a fazer "milagres", colocando quase todos anos equipas destacadas em fases adiantadas dos 2 principais torneios de clubes da Europa. Objectivamente nesta década, Portugal conseguiu através do FC Porto 1 Liga dos Campeões, 1 Taça Uefa. O Sporting chegou a 1 final da Taça Uefa e quartos-de-final, o Boavista a uma meia-final da Uefa e o Benfica atingiu por duas vezes os quartos-de-final da Champions e da Taça Uefa em anos consecutivos.

Partindo do pressuposto, que a Liga Portuguesa está entre os 6/7 melhores campeonatos europeus e com as metas atingidas, temos que estar bastante orgulhosos. O poderio económico de países acima do nosso ranking, como a exemplo da Alemanha e França (nem falo do G-3), não expressa no campo essas regalias. A fórmula para o sucesso das nossas equipas, terá sempre que passar pela formação e prospecção ao milímetro, tal como o FC Porto fez a exemplo esta temporada com Hulk (jogava na 2ª divisão do Japão) ou Aly Cissokho (Vitória de Setúbal).



O FC Porto personalizado, de aposta no colectivo, assinou exibição soberba e reforçou a legitimidade de sonhar com as meias-finais da Liga dos Campeões, depois de uma noite fantástica em Old Trafford, onde o Manchester United esteve muito perto de ver quebrado os mais de quatro anos de invencibilidade em casa para a Champions – o último desaire foi em 2005 com o AC Milan. A equipa de Jesualdo Ferreira deu um verdadeiro banho de bola aos famosos e temíveis red devils, campeões da Europa em título. Os portistas entraram a todo o gás, com uma forma de jogar a que os ingleses não gostam muito, com trocas de bola de pé para pé e sempre em progressão.



Contudo não foi esta a chave da superioridade do Porto. O segredo acabou por ser a forma como o triângulo do meio-campo, composto por Fernando (que jogão!), Lucho e Raul Meireles, fazia pressão sobre os adversários, não deixando espaços para o ManUnited sair de forma organizada para o ataque. E que melhor impulso para uma estratégia que um golo? Pois foi isso mesmo que aconteceu, após um passe errado de Cristiano Ronaldo. Rodríguez aproveitou para abrir a contagem! O dragão calava o "Teatro dos Sonhos". No banco, Alex Ferguson mascava nervosamente a pastilha. As coisas estavam complicadas e o escocês não via forma de contrariar aquela máquina azul e branca. Só que Bruno Alves cometeu um erro para menores de 6 anos e o empate caiu do céu pelos pés de Rooney. Ao contrário do que se podia esperar, o FC Porto não vacilou e continuou a comandar o jogo, banalizando um adversário onde só Cristiano Ronaldo parecia com vontade e capacidade de remar contra a maré. Aliás, apesar do português não ter jogado nada de especial, todos os seus colegas o procuravam na hora de lançar o ataque. Deu a ideia ser uma equipa sem ideias e demasiado dependente do génio do CR7.



O intervalo fez bem aos campeões ingleses, que corrigiram alguns erros e começaram a jogar mais pelas alas. Só que os jogadores do FC Porto não vacilaram: mantiveram-se unidos, sem perderem a noção do espaço que ocupavam em campo. Por isso mesmo, o United fazia girar a bola e só através de cruzamentos criavam perigo... mas aí Helton mostrou que, desta vez, podiam contar com ele. Os dragões apostavam ainda mais na velocidade do ataque onde o assustador Hulk pecava pelo individualismo.



Os últimos quatro minutos de jogo foram dramáticos. Sobretudo quando Tévez aproveitou um fabuloso passe de calcanhar de Rooney para pôr o Manchester United a vencer. Que injustiça! Os dragões não perderam o norte. E num golpe fantástico – a fazer lembrar o golo de Costinha nos instantes finais da eliminatória em 2004 –, Lisandro ofereceu a Mariano o 2-2. A justiça estava feita depois de mais uma noite memorável para os dragões. Certo que ainda não foi desta que os dragões venceram em Inglaterra, mas abriram as portas das meias-finais. Para a semana há mais no Dragão!

Já agora deixo aqui uma foto, em formato de poster de Pinto da Costa no Estádio Old Trafford. Neste Link.



Golaços no Villarreal 1-1 Arsenal

Parecia que Villarreal ia obter a desforra de há três anos na meia-final, mas um grande golo do Adebayor (66’) estragou as contas da equipa de Pelegrini e deu ao Arsenal um bom resultado (1-1) na luta pelo acesso às meias-finais.O golo de Adebayor, aliás, é o momento do jogo. Um lance para ver e rever. O regressado Fabregas fez o passe, o avançado africano dominou a bola no peito e com um pontapé de bicicleta bateu o guarda-redes Diego López. Foi o quarto golo do avançado do Togo nesta edição da Liga dos Campeões. O remate deu corpo à reacção do Arsenal que, na primeira parte, viveu momentos complicados. Logo aos dez minutos, Marcos Senna colocou os espanhóis em vantagem, com um excelente remate de fora da área. O 1-0 mostrava as razões de o Villarreal estar imbatícel em casa nesta Champions e de nunca ter perdido com adversários ingleses em Espanha. Nesta fase, a tarefa do Arsenal parecia complicar-se a cada minuto que passava. O guarda-redes Almunia lesionou-se num choque com Rossi e teve de ser substituído. O mesmo destino teve o central Gallas. E na baliza contrária, também nada corrida bem, com Diego López a parar o remate de Nasri (18’). Valeu ao Arsenal que o polaco Fabianski mostrou qualidade e impediu Senna de ampliar o resultado, deixando margem para a reacção da segunda parte da eliminatória.

Resultados da 1ª mão dos Quartos-de-final da Liga dos Campeões 2008/2009

Manchester United - FC Porto, 2-2 (Rooney 16', Tévez 85'; Rodríguez 4'; Mariano 89')
Villarreal - Arsenal, 1-1 (Senna 10'; Adebayor 66')
Liverpool - Chelsea, 1-3 (Fernando Torres 6'; Ivanovic 39' e 62', Drogba 67')
Barcelona - Bayern Munique, 4-0 (Messi 9' e 38', Eto'o 12', Henry 43')

Vídeo

Manchester United 2-2 FC Porto
Rodríguez 4'
Rooney 16'
Tévez 85'
Mariano 89'


Villarreal 1-1 Arsenal
Senna 10'
Adebayor 66'


Os 6 golos marcados




Fotos: AP

Página Inicial

Liga dos Campeões: Resultados da 2ª mão dos Oitavos-de-final - FC Porto elimina Atlético de Madrid e alcança G8

Depois da vergonha de ontem, o FC Porto minimizou os estragos na reputação do futebol português ao eliminar o Atlético de Madrid, beneficiando dos golos marcados no Vicente Calderon. A humilhação do Sporting, na véspera, correu mundo e abanou a credibilidade da nossa Liga, que apesar de não ser equivalente a uma Premier League, Serie A ou Liga BBVA, consegue sucessivamente feitos estraordinários de colocar equipas nas fases mais avançadas. Gostava de ver o Manchester, Inter, etc, lutar com os orçamentos que os nossos clubes dispõem, frente às grandes potências económicas e registarem melhores resultados que nós.

Futebol português sempre e espero que o Braga, mais logo, nos volte a dar uma alegria em Paris.



Cinco anos depois, o FC Porto está outra vez entre as oito melhores equipas da europa, num dia em que Jesualdo Ferreira conseguiu, finalmente, à terceira tentativa, matar o borrego de cair sempre nos oitavos da Champions. O empate a dois golos arrancado há 15 dias em Madrid acabou por ser precioso, bastando aos dragões um nulo para carimbar o passaporte que valeu mais 2,5 milhões de euros (a juntar aos 10 milhões já arrecadados). Se tivesse de existir um vencedor, seria o Porto. Sobretudo pela segunda parte. Mas o guarda-redes Leo Franco conseguiu manter as suas redes invioláveis, num jogo em que um golo do Atlético de Madrid teria deitado tudo a perder. Jesualdo apresentou a equipa esperada, com Sapunaru no lado direito da defesa na vez do adaptado Tomás Costa. Já o Atlético, surgiu no Dragão num esquema táctico diferente do habitual.

Fórlan ficou no banco e Aguero, o genro de Maradona, foi o único avançado fixo, com Simão à esquerda, Maxi no meio a Pongolle à direita. Como já se previa, sempre que Simão e Paulo Assunção (grande primeira parte) tocavam na bola, choviam assobios da bancada. O primeiro pelo seu passado... o segundo pela traição no final da época. Os dragões começaram bem o jogo, com Raul Meireles e Rodríguez em evidência. Mas a partir dos 25', o Atlético cresceu, numa fase em que ficou um penálti por marcar após falta de Bruno Alves sobre Simão. Este dois lances pareceram acordar os colchoneros, que a partir daí começaram a encostar o FC Porto. Mesmo assim, amelhor oportunidade pertenceu aos dragões, com Fernando a rematar forte para boa defesa do guardião espanhol.



A segunda parte foi quase toda do FC Porto, sobretudo a partir do momento em que o treinador do Atlético tirou Maxi Rodriguez e lançou Fórlan.Omeio-campo espanhol foise abaixo e os dragões começaram a coleccionar oportunidades de golo. Só que o guarda-redes Leo Franco foi impedindo que o FC Porto matasse a eliminatória. Lisandro, que na primeira parte tinha estado apagado, apareceu finalmente na partida – obrigou o guardião do Atlético a uma defesa apertada e atirou uma bola ao poste. Pelo meio, Rodríguez, um diabo à solta do lado esquerdo do ataque portista, já tinha cabeceado com muito perigo. Do Atlético só surgiam ataques tímidos. A entrada de Forlán não trouxe os efeitos esperados e Aguero esteve longe do que já mostrou. Agora, nos quartos-de-final, venha um tubarão. Entre Manchester United, Chelsea, Liverpool, Barcelona, Bayern, Arsenal e Villarreal, talvez esta última seja a mais acessível.



O Manchester United parece ser um dos mais fortes candidatos a estar na final de Roma. Cristiano Ronaldo saiu a sorrir do confronto com José Mourinho. O craque português marcou o segundo golo do Manchester United na vitória por 2-0 sobre o Inter Milão, depois do 0-0 de há duas semanas em Itália. Os red devils mantêm vivo o sonho de conseguirem vencer cinco troféus numa época, enquanto o treinador de Setúbal não quebrou a tradição: é o terceiro ano consecutivo que os nerazzurri ficam nos oitavos- de-final. O triunfo do Manchester começou logo aos 4', quando Nemanja Vidic aproveitou uma incrível falha de marcação de Patrick Vieira para bater Júlio César.

O Inter reagiu e ainda obrigou Van der Sar a sujar os calções, mas os adeptos do United continuaram em festa, a cantar "Senta-te, Mourinho" e "Já não és especial". Cristiano Ronaldo, que até essa altura tinha estado discreto, desfez as dúvidas com uma bela cabeçada aos 49', respondendo a um cruzamento de Wayne Rooney. O melhor que o Inter fez foi atirar uma bola ao poste, por Adriano, aos 59'. Luís Figo entrou aos 70', possivelmente para jogar os últimos minutos da sua carreira na Liga dos Campeões, competição que venceu em 2002 pelo Real Madrid.



O Barcelona voltou à forma que demonstrou no início da temporada, dando 5-2 ao Olympique Lyon. Thierry Henry, que já tinha marcado no empate 1-1 em França, bisou entre os 25' e 27'. Depois surgiu o génio de Messi aos 40' e o instinto matador de Samuel Eto'o.O Lyon estava completamente derrotado, mas conseguiu reagir com golos de Makoun, aos 44', e Juninho, logo a abrir a segunda parte. A fase final da partida foi de muitas entradas duras, mas Camp Nou terminou em festa com o quinto golo do Barça, apontado por Keita.



No estádio olímpico de Roma, o Arsenal perdeu por 1-0, resultado que empatou a eliminatória, tendo em conta a vitória por 1-0 dos londrinos na primeira mão. Juan, aos 9', marcou para a equipa italiana o único golo no tempo regulamentar. No prolongamento não houve golos e no desempate por penáltis, o Arsenal falhou uma vez enquanto a equipa da casa falhou duas. Tonetto falhou o 16.º remate e confirmou a força do futebol inglês, que se junta assim a Liverpool, Chelsea e Manchester nos quartos-de-final da prova. Um pleno dos clubes ingleses, à semelhança do que aconteceu na mesma eliminatória do ano passado.

Resultados da 2ª mão dos Oitavos-de-final da Liga dos Campeões 2008/2009

AS Roma - Arsenal, 1-0 (6-7)*, (0-1 na 1.ª mão) (Juan 9')
FC Porto - Atlético Madrid, 0-0, (2-2)
Manchester United - Inter, 2-0, (0-0) (Vidic 4' e Cristiano Ronaldo 49')
Barcelona - Lyon, 5-2, (1-1) (Henry 25' e 27', Messi 40', Eto'o 43', Keita 95'; Makoun 44', Juninho 48')
Bayern Munique - Sporting, 7-1 (5-0 na 1.ª mão) (Podolski 7' e 34', Anderson Polga 39', Schweinsteiger 43', Van Bommel 74', Klose 82' gp, Müller 90'; João Moutinho 42')
Liverpool - Real Madrid, 4-0 (1-0 na 1.ª mão) (Fernando Torres 15', Gerrard 28' gp e 47', Dossena 85')
Juventus - Chelsea, 2-2 (0-1 na 1.ª mão) (Iaquinta 19', Del Piero 74' gp; Essien 46', Drogba 83')
Panathinaikos - Villarreal, 1-2 (1-1 na 1.ª mão) (Mantzios 55'; Ibagaza 49', Llorente 70')

Vídeos

FC Porto 0-0 Atlético Madrid


Manchester United 2-0 Inter de Milão
Vidic 4'
Cristiano Ronaldo 49'


Barcelona 5-2 Lyon
Henry 25' e 27'
Messi 40'
Eto'o 43'
Makoun 44'
Juninho 48'
Keita 95'


AS Roma 1-0 (6-7 pen) Arsenal
Juan 9'




Fotos: AP

Página Inicial

Liga dos Campeões: Resultados da 2ª mão dos Oitavos-de-final - Sporting novamente varrido pelo Bayern (7-1) na despedida histórica

Absolutamente lamentável, o comportamento do Sporting nestes oitavos de final da Liga dos Campeões 2008/2009. Depois de perder, há duas semanas em Alvalade por 0-5 com o Bayern de Munique, os leões ou gatinhos, levam outra sova das antigas no Alianz Arena por 7-1!

Uma vez, ainda teria alguma desculpa, mas repetir a dose, é obra! Não estamos a falar de um clube de Andorra ou do Luxemburgo, mas sim, de um dos maiores clubes portugueses e da europa. E por mais inexperiência que esta equipa do Sporting tenha em fase finais da Champions League, nem a brincar, os portugueses poderiam esperar um desempenho tão amador.

Quanto ao Bayern, é um grande histórico da europa, mas chiça, está longe de ser o papão que tanto medo meteu ao Sporting e o deixou na pior ressaca europeia de todos os tempos. Estamos em 2009!

Nunca, em toda a história da Liga dos Campeões, uma equipa havia perdido uma eliminatória por uma diferença acumulada tão grande: 12-1! Um parcial de fazer inveja às equipas de países que já referi, que saem (quase) sempre das pré-eliminatórias por números semelhantes àqueles com que o Bayern afastou o Sporting. O maior acumulado pertencia ao Lyon. Em 2004/05, também nos oitavos-de-final, os franceses afastaram o Werder Bremen por 10-2 (3-0 na Alemanha, 7-2 em casa). Já depois disso, em 2006/07, o Manchester United deu, nos quartos-de-final, 8-3 ao Roma: até perdeu em Itália 2-1, mas ganhou em Inglaterra por... 7-1.



Depois da vergonha na cara assumida por Polga em Alvalade, há duas semanas, o Sporting ainda conseguiu pior em Munique. Paulo Bento quis fazer as pazes com Miguel Veloso e falhou redondamente ao apostar no esquerdino, especialmente depois de mais um caso protagonizado pelo número 24 na véspera do jogo. De resto, para além dos lesionados Rochemback, Postiga, Grimi e Romagnoli, deixou ainda no banco os habituais titulares Carriço e Izmailov, com Liedson a nem sequer viajar e a ser poupado a novo desastre. O Bayern, também com algumas baixas sonantes por lesão, especialmente os principais responsáveis pela goleada da primeira mão, Ribéry e Luca Toni, aproveitou ainda para fazer descansar o guarda-redes Rensing, por troca com o ex-Benfica Butt, e o central argentino Demichelis. Mas apresentou uma equipa de respeito, com Klose e Podolski na frente e um meio-campo liderado pelos trintões Zé Roberto e Van Bommel, que foi superior em tudo aos leões e não só na idade. Foi mesmo em tudo!



O 4-1 ao intervalo era mais do que justo e espelhava bem a miserável actuação do Sporting em Munique – só mesmo o golaço de Moutinho escapou à mediocridade! Os leões nunca conseguiram pegar no jogo e deram demasiado espaço aos germânicos. Klinsmann até se ria no banco. É que as facilidades dadas pelo Sporting mereciam gargalhadas! Com nova goleada já garantida, o treinador leonino deixou Veloso e Pereirinha no banho ao intervalo, chamou Abel e Izmailov para renovar o flanco direito, como se tivesse sido por aí o descalabro. Não foi, diga-se! Mas o russo até entrou bem, enquanto o lateral se limitou a tentar cumprir.

Os leões chegaram a criar a ilusão de ter equilibrado o jogo. Mas o Bayern, já sem Zé Roberto e que parecia estar apenas a gerir o tempo, voltou à carga nos derradeiros 15 minutos. E foi aí que arrasaram por completo os leões, que deixaram a Champions completamente de rastos. O resultado final ficou em 7-1 e o Sporting saiu da prova com 20 golos encaixados em oito partidas.

Foram goleadas a mais: Bayern (0-5 e 1-7) e Barcelona (2-5). Doze golos em dois jogos com os bávaros, o pior de sempre de uma equipa portuguesa, uma festa para os alemães e uma lição para os portugueses. Nunca os “leões” tinham conseguido qualificar-se para os oitavos-de-final mas, a ser assim, não vão querer mais.



Em Itália, a Juventus, que tinha perdido em Inglaterra frente ao Chelsea, não conseguiu inverter a eliminatória nesta segunda mão. Empatou a duas bolas, o que colocou a equipa de Ranieri fora da competição devido à derrota por 1-0, em Stamford Bridge. Os italianos, com Tiago a titular, até começaram bem e, aos 19’, Iaquinta combinou com Trezeguet e inaugurou o marcador. Mas o Chelsea, que teve Bosingwa no “onze” inicial e Deco, Ricardo Carvalho e Hilário no banco, empatou por intermédio de Essien nos minutos de desconto da primeira parte. A segunda metade não começou da melhor forma para a “Juve” que, aos 70’, ficou reduzida a dez jogadores, devido à expulsão de Chiellini. Mesmo assim, Del Piero voltou a dar algum alento aos adeptos, quando colocou novamente a equipa de Turim na frente, graças a uma grande penalidade. Mas a sete minutos do fim o inevitável Drogba fez o empate final.



Pela quinta vez consecutiva, o Real Madrid voltou a ficar pelos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O campeão espanhol, que já tinha perdido, por 0-1, em casa, resistiu muito pouco tempo em Anfield Road e acabou por ser goleado, por 4-0, por um Liverpool que foi sempre superior. Fernando Torres foi a figura da equipa, juntamente com Gerrard. O internacional espanhol abriu o marcador e foi uma dor de cabeça para a dupla de centrais Pepe e Cannavaro. O inglês apontou dois golos e realizou uma exibição impecável. O Real, porém, pode queixar-se de uma grande penalidade inexistente que deu o segundo golo à equipa de Rafa Benítez, mas a verdade é que o seu melhor jogador acabou por ser o guarda-redes Casillas, o que quer dizer muito.

O primeiro golo do Liverpool surgiu quando estavam decorridos 16’, num lance em que tanto Pepe como Cannavaro falharam, permitindo a Fernando Torres surgir na cara do guarda-redes a fazer o golo. Pouco depois, aos 27’, os ingleses aumentaram a vantagem num lance que deixou muitas dúvidas. O árbitro assinalou grande penalidade numa jogada em que Heinze apenas terá tocado a bola com o ombro. Gerrard aproveitou e aumentou a vantagem, transformando o jogo num verdadeiro pesadelo para os espanhóis que, a partir desta altura, ficaram praticamente condenados. No início da segunda parte, o Liverpool encostou completamente o Real Madrid às cordas e logo aos 47’, Babel colocou uma bola na área e surgiu mais uma vez Gerrard a rematar de forma indefensável para Casillas.

A formação espanhola como que se finou. Completamente dominada por um adversário que foi sempre superior. Mesmo assim, Raul teve uma excelente oportunidade para reduzir a desvantagem, aos 51’, mas concluiu da pior forma um bom cruzamento de Sérgio Ramos. Pouco mais havia a fazer. E a dois minutos do final Dossena fez o quarto golo. A tradição manteve-se.



Quem também segue para os quartos-de-final é o Villarreal. A equipa espanhola foi vencer ao terreno do Panathinaikos, por 1-2, e superou o empate a um golo que levava da primeira mão. O resultado foi construído na segunda parte. Ibagaza, aos 49’, fez o primeiro golo para o “submarino amarelo”. Os gregos ainda conseguiram chegar ao empate, por Mantzios, depois de um canto. Mas um contra-ataque da formação espanhola, aos 69’, acabou com as esperanças dos gregos. O golo foi de Llorente.

Resultados da 2ª mão dos Oitavos-de-final da Liga dos Campeões 2008/2009

Bayern Munique - Sporting, 7-1 (5-0 na 1.ª mão) (Podolski 7' e 34', Anderson Polga 39', Schweinsteiger 43', Van Bommel 74', Klose 82' gp, Müller 90'; João Moutinho 42')
Liverpool - Real Madrid, 4-0 (1-0 na 1.ª mão) (Fernando Torres 15', Gerrard 28' gp e 47', Dossena 85')
Juventus - Chelsea, 2-2 (0-1 na 1.ª mão) (Iaquinta 19', Del Piero 74' gp; Essien 46', Drogba 83')
Panathinaikos - Villarreal, 1-2 (1-1 na 1.ª mão) (Mantzios 55'; Ibagaza 49', Llorente 70')

Vídeos

Bayern Munique 7-1 Sporting
Podolski 7' e 34'
Anderson Polga 39'
João Moutinho 42'
Schweinsteiger 43'
Van Bommel 74'
Klose 82'
Müller 90'


Liverpool 4-0 Real Madrid
Fernando Torres 15'
Gerrard 28' e 47'
Dossena 85'


Juventus 2-2 Chelsea
Iaquinta 19'
Essien 46'
Del Piero 74'
Drogba 83'


Panathinaikos 1-2 Villarreal
Ibagaza 49'
Mantzios 55'
Llorente 70'




Fotos: AP

Página Inicial

Liga dos Campeões: Resultados da 1ª mão dos Oitavos-de-final - Sporting esmagado 0-5 pelo Bayern de Munique em Alvalade

Desculpem os adeptos do Sporting que não devem ter nenhuma vontade de ver este post, pelas razões já conhecidas, mas a crueldade dos números da derrota em Alvalade são por demais evidentes. Os leões disseram adeus à Liga dos Campeões 2008/2009 quando apenas se disputou a primeira parte da eliminatória com o Bayern Munique. Antes da partida, Paulo Bento enalteceu o momento histórico que esperava a equipa, mas por certo que não contava que esta quarta-feira de cinzas ficasse gravada na história do clube pelas piores razões. É que o público que esteve em Alvalade testemunhou a maior goleada sofrida pelos leões em casa: 5-0 em competições europeias.

A equipa portuguesa pagou de certa forma a factura da crise de resultados da equipa bávara, que vinham de duas derrotas consecutivas na Liga Alemã. E para curar todos os males nada melhor para os bávaros do que visitar Portugal, de onde nunca saíram derrotados! Ribéry, Zé Roberto, Luca Toni e companhia mostraram aos leões que a exigência da Champions é muito grande, como aliás o Barcelona de Messi já o havia feito na fase de grupos. Quem assistiu aos primeiros 15' da partida não previa aquilo que ia acontecer, porque o jogo até estava bem equilibrado.



O Sporting, embalado pela vitória e exibição de gala frente ao Benfica, foi criando embaraços à defesa do Bayern Munique, onde se viu muitas vezes Lúcio irritado. Todos procuravam Liedson... Logo aos 12', Polga viu o seu remate ser tirado em cima da linha por Lahm. O Levezinho também ia tentando a sua sorte e Moutinho, mais tarde, falhou uma boa ocasião. Só que, à passagem dos primeiro quarto de hora, os alemães dispuseram de três cantos que assinalaram uma viragem no jogo. Ribéry era a seta apontada à baliza de Tiago e bastou um passe disparatado de Derlei para o francês ligar o turbo e abrir o marcador, passando disparado entre os dois centrais leoninos.



Os leões até haviam mostrado bons argumentos na primeira parte e voltaram a fazê-lo no início do segundo tempo. Só que não tardou muito até o temível jogo aéreo do Bayern fazer estragos. Klose marcou em fora-de-jogo e o Sporting ficou à beira do precipício. A queda livre iniciou-se no minuto seguinte às entradas de Pereirinha e Vukcevic (porque não foi titular?). Rochemback derrubou Lahm na área e Ribéry voltou a marcar. O Sporting ficou reduzido a cinzas e daí até final só existiu uma equipa em campo. O inevitável Luca Toni entrou então em acção e colocou os números da goleada num nível impensável para um jogo dos oitavos-de-final da Champions.

Em suma, não deu para perceber a profunda ateração na equipa do Sporting por parte de Paulo Bento, mexendo em 90% do eixo defensivo e colocando Romagnoli no lugar de Vukcevic. Eu só pergunto o que é que Paulo Bento vê nesse argentino de segunda classe? Sempre ouvi dizer que em equipa que ganha não e mexe, a factura está à vista.



As equipas inglesas continuaram a mostrar que são elas que mais mandam na Liga dos Campeões e quase dá para adivinhar que serão elas mesmo que dominarão a fase final, tal como na época passada. O Liverpool venceu por 0-1 no Santiago Bernabéu, de onde Rafa Benítez saiu vencedor pela primeira vez. E Drogba, recuperado por Guus Hiddink, ofereceu o triunfo ao Chelsea frente à Juventus por 1-0.

Rafael Benítez nunca tinha vencido no mitíco Bernabéu. Como treinador do Valência, perdeu três jogos e empatou um. Teve de esperar 82 minutos, mas viu o israelita Benayoun bater Casillas de cabeça, após um livre lateral de Fábio Aurélio. Antes, já Casillas tinha negado o golo a Torres e a Xabi Alonso, que tentou mais um dos seus “chapéus” de meio-campo, num jogo muito fechado e em que Pepe foi titular.

Com este resultado, o Liverpool voltou a mostrar uma atracção especial pela Liga dos Campeões, que venceu pela quinta vez em 2005. Já o Real Madrid, vencedor em nova ocasiões, está mais longe de quebrar a maldição de não chegar aos quartos-de-final, fase que não atinge desde 2003/04.



Também mais perto de chegar aos quartos-de-final pela quinta vez nas últimas seis épocas está o Chelsea. Com Bosingwa a titular (e muito activo), os ingleses derrotaram em casa a Juventus de Tiago (titular) por 1-0. Na estreia pelos "blues" na Liga dos Campeões, Guus Hiddink voltou a apostar na dupla Anelka-Drogba na frente de ataque e colheu proveitos logo aos 12’. Após um passe de Kalou, o avançado marfinense bateu Buffon, marcando o 25.º golo na sua 50.ª presença na prova. Drogba tem, assim, uma média de um golo por cada dois jogos da Liga dos Campeões. A Juventus até reagiu bem, mas foi incapaz de marcar o seu 600.º golo nas competições europeias, algo que terá de fazer (e não será suficiente) em Turim se quiser passar a eliminatória.

No outro jogo da noite, o Villarreal esteve quase a sofrer a primeira derrota em casa na sua história na Liga dos Campeões, mas um penálti do italiano Giuseppe Rossi (67’) evitou que o Panathinaikos saísse de Espanha com um triunfo (1-1). Os gregos estavam em vantagem, graças a um grande remate do ex-benfiquista Karagounis (59’), e podem ainda agradecer à fraca pontaria dos espanhóis. Estou em querer que o submarino amarelo passará esta ronda.

Post do Desportugal dos jogos de ontem da Champions, neste Link.

Resultados da 1ª mão dos Oitavos-de-final da Liga dos Campeões 2008/2009

Real Madrid - Liverpool, 0-1 (Benayoun 82')
Sporting - Bayern Munique, 0-5 (Ribéry 42', 62' gp, Klose 56', Toni 84' e 90')
Chelsea - Juventus, 1-0 (Drogba 12')
Villarreal - Panathinaikos, 1-1 (Rossi gp 67';Karagounis 59')
Arsenal - AS Roma, 1-0 (Van Persie 37' gp)
Atlético de Madrid - FC Porto, 2-2 (Maxi Rodriguez 3', Diego Forlán 47'; Lisandro López 22' e 72')
Inter de Milão - Manchester United, 0-0
Lyon - Barcelona, 1-1 (Juninho 7'; Henry 67')

Vídeos

Sporting 0-5 Bayern Munique
Ribéry 42', 62'
Klose 56'
Luca Toni 84' e 90'


Real Madrid 0-1 Liverpool
Benayoun 82'


Chelsea 1-0 Juventus
Drogba 12'


Villarreal 1-1 Panathinaikos
Karagounis 59'
Giuseppe Rossi 67'




Fotos: AP

Página Inicial