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sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Marta - A nova estrela do futebol mundial

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O Brasil está em mais uma final de Copa do Mundo. E sua craque chama-se Marta, a número dez da Seleção. Não, ninguém aqui ficou insano. Quem assistiu o Mundial de futebol feminino, jogado na China, sabe do que estamos falando. Na última quinta-feira, o Brasil contou com show dela para arrasar os Estados Unidos por 4-0, pelas semifinais (meia-final).

Marta amassou a seleção norte-americana, por muitos considerada a melhor do mundo, com dribles desconcertantes e gols maravilhosos, de encher os olhos dos chinenes.

Mas afinal, quem é Marta? E principalmente, como pode uma seleção sem nenhum prestígio no seu próprio país (seja de torcida ou de dirigentes, que sequer organizam algum torneio de futebol feminino em âmbito nacional, desde 2001) chegar tão longe num Mundial?

Até pela falta de apoio, a alagoana Marta Vieira da Silva buscou a sorte no time sueco do Umea. Em 2003, conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Três anos depois, o reconhecimento máximo pela FIFA: foi eleita a melhor jogadora do mundo, após duas tentativas frustradas.

Neste ano de 2007, foi a artilheira da edição dos Jogos Pan-Americanos, ao marcar 12 gols e contribuir enormemente para a medalha de ouro do Brasil. Como agradecimento, ela entrou para o “Hall da Fama” do Maracanã, deixando a marca de seus pés ao lado das de jogadores como Zico e Junior.


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Na última quinta-feira, contra os Estados Unidos, na revanche da final dos Jogos Olímpicos de 2004, a Seleção Brasileira fez o primeiro gol aos 20’, com Osbourne (“auto-golo”). Aos 27 minutos, Marta mostrou sua capacidade. Driblou duas adversárias e finalizou com precisão, 2 a 0. Aos 56’, Cristiane - justiça seja feita, outra excepcional jogadora - fez o terceiro.

O melhor ficou reservado para o fim. Aos 78’, a brasileira, de costas para a marcadora, puxou a bola para trás, fintou a americana, e driblou outra adversária antes de chutar cruzado. Que golaço! O sétimo de Marta neste Mundial concretizava a terceira vitória do Brasil em jogos contra as americanas.

No domingo, a adversária é a Alemanha. É a chance de conferir esse time que nem emprego no Brasil tem direito contra uma seleção com um planejamento exemplar. Independentemente do resultado, o Brasil vive o surgimento para o mundo de Marta, a nossa camisa 10.

Vídeos

Brasil 4-0 Estados Unidos


Jogadas de Marta



Vem fazer parte da equipa do Desportugal (saber mais neste link)


Foto: AP

Texto: Matheus Rocha (correspondente e coloborador do Desportugal no Brasil)

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terça-feira, 4 de setembro de 2007

A Táctica ao Milímetro- Geometria Descritiva

Rui Santos e o Losango




Rui Santos é um jornalista que trabalhou no jornal A´Bola durante 30 anos e que actualmente diz umas necedades na Sic Notícias que juntamente à inépcia que ele imprime em praticamente todas as frases,faz dele o pseudo-comentador mais anedótico de que há memória. Não gosta de Luiz Felipe Scolari, odeia o Octávio Machado e tem náuseas quando se fala de Paulo Bento e o seu losango, para os mais desatentos, Rui Santos, escreveu aqui há uns tempos um livro cujo título é Estádio de Choque.

Ora em Estádio de Choque fico eu quando oiço este senhor falar, começando pelos seus vastos conhecimentos de futebol jogado propriamente dito (que lhe valeram inclusivamente uma chamada de atenção de Humberto Coelho, quando tentou ensinar a este como se controlava uma bola e passo a citar o nosso antigo seleccionador : “Oh Rapazinho…Mas quem é que já jogou futebol aqui ?” passando pelas suas fabulosas ideias de criar uma liga ibérica, o senhor Rui Santos ou é um génio incompreendido ou então anda aqui a tentar enganar meio mundo, com um aparente sucesso. Bem, eu acredito mais na segunda opção. No meu intimo tenho um ódio de estimação por Rui Santos, pela sua personalidade, pelo autismo que ele emprega nas suas frases, aparentando sofrer de um qualquer fenómeno patológico que faz dele o comentador arrogante por excelência. Como sei que ele adora visitar blogs para os citar nos seus programas, tenho a bela esperança de que ele dê uma passada por cá para ver se cai em si e começa a deixar de dizer um monte de lugares-comuns e a criticar o que é irrepreensível e incriticável.

Podia pegar em inúmeros exemplos de autênticas barbaridades ditas por este senhor, mas, se me permitirem, creio que vou pegar no mais flagrante e naquele que mais pessoas afecta, a saber, o seu ódio de estimação por losangos e especialmente pelo de Paulo Bento, pois , segundo ele, esta é uma táctica que “não beneficia o futebol espectáculo” não tem dinâmica, tem sempre a mesma disposição de jogadores no campo e é um tumor que surgiu no futebol pelo que deveria ser do mesmo irradiado, erra Rui Santos quando diz que o losango é algo recente e sem futuro, no entanto deixemos, por agora, este senhor e concentremo-nos no losango esperando que o mesmo leia o que se segue por obra e graça do espírito santo e com a humildade que lhe falta, aprenda algo.

Surgimento do Losango

A maioria das equipas de Portugal jogam num 4-4-2 simples, com transições rápidas entre o miolo do campo e os atacantes e com passes em profundidade para as alas tentando aproveitar a velocidade dos extremos. Ora tudo muda quando estas equipas jogam contra clubes ditos “grandes”, certos e determinados treinadores tentam adoptar o losango, transformando-o até no denominado “quadrado mágico” ou “WM”, (que Herbert Chapman implementou no Arsenal por volta de 1920 num 3-2-2-3) este esquema táctico foi uma “lufada de ar fresco” no futebol pois até então as equipas atacavam desenfreadamente (com formações como um 1-1-8 !) descurando os aspectos defensivos do jogo e só passavam agora a jogar na retranca, mas não com o “autocarro em frente à baliza”. WM foi um marco pois fortaleceu a defesa com o recuo do médios centro dando assim uma maior importância ao quadrado que surgia no meio do terreno. Assim os dois médios recebiam funções mais defensivas, e os outros dois que sobravam transformavam-se em criativos que atacavam pelo meio criando passes para os 3 avançados que à sua frente abriam o jogo com rápidas desmarcações para as alas.

Funcionava Assim:

Ora ,este quadrado mágico é uma versão primitiva do losago, só que mais defensivo e mais estático. O 4-4-2 Losango não é e não pode funcionar como o WM, de forma estática, no futebol moderno um fio de jogo sem movimentações é meio passo para a derrota, um exemplo é Fernando Santos que tentou na pré-época implementa-lo de forma hirta e imóvel no meio campo do Benfica (após a perda de Simão) e não dele mais conseguiu fugir.



Paulo Bento e a Geometria

Passemos agora a factos empíricos relativos ao Sporting, creio que Paulo Bento é um visionário, quer em termos de análise de características de jogadores quer em termos de análises tácticas dos adversários, não tem é tanta apetência para descortinar que o seu losango não pode funcionar desta forma defensiva que ele batalha em impor, bastando para o contrariar à equipa adversária jogar com um ou dois alas (como compreenderam Jesualdo Ferreira e Jorge Jesus) para criar grandes dificuldades a este Sporting e transportar dois dos médios do losango de Paulo Bento para tarefas mais defensivas ( Veloso, que desce por natureza da posição onde joga e Moutinho que recua na sua constante tentativa de roubar a bola e partir para o contra-ataque) acabando por cair no supra referido quadrado mágico.

Ora como modificar isto?

Em todos os jogos há variações de estratégia em função do adversário. As chamadas nuances tácticas que todos os treinadores insistem em fazer conforme o adversário jogue em 3-4-3, 5-4-1 ou numa outra qualquer formação, não obstante este facto, Paulo Bento não se preocupa com isto, ele crê ter encontrado a estratégia perfeita, o “master piece” do futebol moderno, acreditando ainda que quando perde é sempre por culpa dos seus atletas e não da disposição táctica que ele incute e fomenta. Nada mais errado, esqueçamos o facto de o Sporting ter perdido com o Porto por um erro de Stojkovic, e esqueçamos ainda o golo de Izmailov na Super taça e foquemo-nos no Sporting – Belenenses.

Durante 79 minutos minutos o Sporting mastigou e triturou o seu jogo no meio do terreno, por algum acaso a bola não saia dali e o Belenenses com menos um conseguia fazer frente ao superpoderoso esquema de Paulo Bento, como é sabido de todos, o Sporting não tem um esquema alternativo (embora muitos digam que sim) o que o Sporting tem são dois jogadores, Vukcevic e Djaló que podem tudo mudar, como se pode ver aqui:

O Sporting em fase de aperto passa do 4-4-2 Losango para um aparente 4-3-3.


Assim o Sporting não cai no quadrado mágico mas também não joga num sistema alternativo, que não existam dúvidas neste ponto, um sistema alternativo comporta em si mesmo uma diferente dinâmica de movimentações algo que não se sucede neste caso, na realidade Moutinho passa a fazer de Veloso, Romagnoli de Izmailov e Vukcevic passa a jogar encostado à ala para fazer tabelas com Djaló ou Purovic(dependendo do facto do defesa esquerdo adversário ser mais ou menos forte fisicamente) e aproveitando o seu pé esquerdo para cruzamentos e remates de meia distância. Contudo Paulo Bento não abdica das rotinas de jogo do Losango, acaba somente por fazer uma adaptação táctica de dois jogadores. O verdadeiro teste a este esquema será contra o Manchester United para a Liga dos Campeões, pois a equipa inglesa (como praticamente todas) privilegia o ataque pelas alas, tendo ai cerca de 60% dos ataques que efectuam, muitos dirão que na época passada o Sporting também não iria em princípio fazer frente ao Internazionale de Milão e em Alvalade até ganhou, esta correcto, mas não se olvidem que o Inter joga num esquema em tudo parecido ao do Sporting, mas isso fica para outra altura.

Creio que isto é um sinal de que Paulo Bento finalmente compreendeu que apesar do futebol bonito que pratica com o Losango, o certo é que contra equipas mais fortes ele é ineficaz, pois acabam por ser 3 os jogadores que fecham no meio, tendo um de ir recuperar a bola nas duas alas e jogar várias vezes na dobra dos defesas laterais (Veloso) o que cria descompensações em campo na altura defensiva.

Com disse Luis Freitas Lobo: “o onze leonino é, por um lado, o que o menos se condiciona ao adversário, e, por outro, aquele que mais os condiciona tacticamente. Ganhar ou perder, é outra questão…”

Um Abraço a todos.



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terça-feira, 28 de agosto de 2007

Copenhaga - Benfica ( 1-2 - 1ª Mão )




Disposição táctica

Lista de convocados:

Guarda-redes: Butt e Quim;

Defesas: Luís Filipe, Luisão, Léo, Miguelito, Nélson e Miguel Vítor;

Médios: Petit, Katsouranis, Fábio Coentrão, Di María, Freddy Adu, Nuno Assis, Rui Costa e Romeu Ribeiro;

Avançados: Cardozo, Bergessio, Yu Dabao e Nuno Gomes


"A equipa de Fernando Santos"

Camacho como apreciador do futebol espectáculo, e calculista que é irá jogar num claro 4-4-2 sem tentar alterar muito o legado de Santos( relativamente aos jogadores) e tentando a não introdução de uma dinâmica atacante que possa fazer com que o S.L. Benfica descore o aspecto defensivo, relembro que o Benfica empatando passa, mas sofrendo um golo terá depois que marcar outro. Pelo que jogará com Nuno Assis mais uma vez encostado à ala (de forma muito infeliz diga-se de passagem) mas à falta de soluções válidas Camacho preferirá apostar no jogador que em caso de necessidade possa descer e fechar no meio no buraco que se cria entre Rui Costa e Petit quando o primeiro sobe, por outro lado creio que jogará com Di Maria( acreditando que este está com uma condição física aceitável) tentando dar alguma criatividade à ala esquerda, caso este esteja em 100% a nível físico poderá fazer uma boa dupla atacante com Leo, Di Maria é uma incógnita em termos defensivos, pelo que vi dele quando jogava pela Argentina ele raramente descia, o que contrasta com a enorme vontade e apetência de Leo para subir e ajudar a equipa em alturas de maior balanço ofensivo, desta forma, será esta a ala (no que à defesa diz respeito) mais fraca do Benfica no jogo com o Copenhaga ( não se olvidem que geralmente Allback descai precisamente para esta ala na tentativa de jogar nas costas da defesa e poder utilizar o seu - muito forte- pé direito.)
A mudança táctica

Para uma melhor transição ofensiva a equipa o 4-4-2 passará para um 4-1-2-2-1 descendo Nuno Gomes para jogar mais atrás ao lado de Rui Costa tentando aparecer para as sobras de Cardozo e abrindo espaços para este. Esta descida de Nuno Gomes para Médio Ofensivo terá a utilidade de trazer atrás um central podendo abrir um autêntico buraco na defesa do Copenhaga que poderá ser aproveitado por Cardozo para utilizar o seu poderoso pé esquerdo ou até mesmo por Rui Costa para repetir o que fez à duas semanas na Luz. Outra opção será a substituição de Nuno Gomes por Bergessio e voltar ao 4-4-2, mas desta feita com mais velocidade e capacidade física.



Forte em casa o Copenhaga irá jogar num 4-4-2 privilegiando o ataque pelas alas e vai concerteza tentar marcar nos primeiros 15 minutos, chamo atenção para os centrais Norregard e Hangeland que nas bolas paradas sobem muito bem, Jesper Gronkjaer não jogará, é uma vantagem para o Benfica, pois os dinamarqueses perdem alguma técnica no meio campo/ataque.

Se na realidade os dinamarqueses conseguirem o feito de marcar cedo, o Benfica ficará por esta terceira pré-eliminatória, pois não se vê nesta equipa alguém que possa empurrar a equipa para a frente e fazer a diferença, à excepção de Rui Costa que irá estar fortemente marcado, o Benfica não tem um criativo que desequilibre, vamos acreditar em Cardozo,em Di Maria(ou Fábio Coentrão) e num dia menos bom da defesa do Copenhaga, mas sinceramente não prevejo um jogo fácil para o Benfica


Deixo para finalizar uma consideração de um jogador do Copenhaga sobre Rui Costa, esperemos que repita esta afirmação no final do jogo de quarta :

"Sem os golos, os seus passes não nos estavam a incomodar muito, pois penso que ele é demasiado inteligente para a sua própria equipa"




PS
- Link para veres o Copenhaga - Benfica através da Net , aqui .



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