quarta-feira, 7 de novembro de 2007
FC Porto vence Marselha por 2-1 e tem qualificação quase assegurada
O FC Porto venceu no Estádio do Dragão o Marselha por 2-1 e tem caminho livre para alcançar novamente os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Para que seja uma realidade, os campeões nacionais terão apenas que juntar 2 pontos ao seus 8 já adquiridos. A próxima viagem da equipa portuguesa é a Anfield Road, onde terá que enfrentar um moralizado e determinado Liverpool que esta noite esmagou o Besiktas com 8-0.
No Dragão, com Lucho Gonzalez fora das contas, Jesualdo Ferreira colocou Cech no meio-campo, tirando partido da frequente rotina do eslovaco neste posição, ora no Dragão, ora mesmo na selcção do seu país. À esquerda, na defesa, surgiu Fucile, já que Bosingwa, recuperado, regressou ao seu posto. E se parte do FC Porto não houve surpresas, o mesmo não se pode dizer por parte dos gauleses, já que Eric Gerets optou por deixar as principais estrelas da companhia, Cissé e Zenden, no banco de suplentes.
Ao contrário do que (também) se esperava, foi o Marselha que entrou melhor e nos cinco primeiros minutos já tinha ameaçado por duas vezes, com Helton e Stepanov a evitarem males maiores para os «dragões».
Mas quando um jogo está preso em considerações tácticas, quando uma equipa tem dificuldades em trocar a bola, como estava a ter o F. C. Porto no início, qual é a melhor solução? Tem de ser algo genial. Tão genial como Maradona ou Messi. Não, não foi Quaresma a resolver. Foi antes o improvável Tarik Sektioui que arrancou do meio-campo, passou por três adversários, ficou à frente do guarda-redes, driblou Mandanda e atirou para a baliza deserta. Como Maradona. E Messi. Como nos sonhos. O estádio explodia de alegria e o marroquino erguia os braços em direcção ao céu. Agradecia a ajuda divina.
Até aí, até ao minuto 27, o dragão era uma sombra. Só tinha feito um remate, só a espaços deixava o Marselha em sentido - e os franceses já tinham obrigado Helton a aplicar-se a fundo. A equipa sentiu a ausência de Lucho, o comandante que dá critério e inteligência ao meio-campo, onde os jogos se decidem em pormenores. Cech bem tentou ser o clone do argentino, mas esteve a muitas léguas de distância. Sem um artista, os olhos centravam-se em Quaresma, mas o mustang só deu luz ao jogo no segundo tempo.
Foi com o golo de Tarik que a equipa acordou do pesadelo. Mas depois voltou a adormecer. Até aí tinha dado a iniciativa ao Marselha, que apostou as fichas no contra-ataque. Gerets, de facto, montou bem a estratégia e foi astuto no desenho, apesar de ter surpreendido com Zenden, Cheyrou e Cissé no banco. Ayew deixou Bosingwa em sentido; Valbuena e Niang estiveram irrequietos. Eram avisos para levar em conta como se veria depois do intervalo. Todo este perfume era suportado por um meio-campo de força, capaz de subir quando tinha a bola nos pés.
Recomeça o jogo e o estádio gela logo nos primeiros instantes, quando Niang cabeceou para o fundo da baliza, depois de um cruzamento de Bonnart (excelente jogo). O Porto regressava à estaca zero e com a responsabilidade de desequilibrar o marcador. Mas voltava a ter as mesmas dificuldades para mandar no jogo, porque não tinha a tal unidade pensante no meio-campo. E era na linha média que podia ganhar a batalha. O Marselha, por seu turno, esteve perto de fazer o segundo por Cana.
Perante o quadro, Jesualdo Ferreira abriu o ataque com a entrada de Postiga para o lugar do apagado Cech. A equipa melhorou e corrigiu deficiências já com Bolatti em campo, que rendeu Raul Meireles (saiu tocado). Os portistas começaram a crescer, Lisandro Lopez quase marcava num golpe de cabeça à ponta-de-lança. Era o aviso. Guardou o golpe, repetiu-o de novo. Cruzamento de Quaresma, golo do argentino. De cabeça. Era o tento da vitória perto do fim.
A partir daí foi só controlar o jogo e aproveitar os espaços deixados livres por uns irredutíveis gauleses à procura do prejuízo, o que permitiu que Fucile e Postiga quase ampliassem um resultado, mormente a exibição não ter sido fantástica, que acaba por ser justo. Não o fosse pelo menos para Tarik...
Resultados do Grupo A da Liga dos Campeões 2007/2008
FC Porto - Marselha, 2-1 (Tarik Sektioui 27' e Lisandro 78'; Niang 47')
Liverpool - Besiktas, 8-0 (Crouch 19' e 89', Benayoun 32', 52' e 57', Gerrard 69' e Babel 78' e 81')
Classificação do Grupo A
1ºFC Porto, 8 pontos
2ºMarselha, 7 pontos
3ºLiverpool, 4 pontos
4ºBesiktas, 3 pontos
Vídeo
FC Porto 2-1 Marselha
Tarik Sektioui 27'
Niang 47'
Lisandro Lopez 78'
Vem fazer parte da equipa do Desportugal (saber mais neste link)
Fotos: AP + L´Equipe
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Um jogo como estava a prever, difícil face à ausência do Lucho no nosso meio-campo, mas o Jesualdo esteve muito bem na forma como fez as substituições e como preparou a partida, sabendo de antemão que não poderia contar com o Lucho.
ResponderEliminarA primeira parte foi fraquinha, valeu o golo monumental do Tarik, mas depois no segundo tempo a equipa soube dar uma boa resposta ao golo sofrido, e aqueles minutos finais foram de bom nível, e o golo do Lisandro acaba por ser justo.
O Lisandro e o Paulo Assunção fizeram uma exibição muito boa, tal como o marroquino, e destaque para Postiga que esteve em bom nível no tempo que teve também em campo.
O Marselha nao esteve mal,mas como diz o seu presidente é uma equipa de estrelinhas,nao estrelas entenda-se. Tem bons jogadores mas falta-lhes alguma coisa,assustaram o porto mas pouco mais fizeram.
ResponderEliminarse der empate no Besiktas - Marselha, o Porto pode nem precisar de somar mais pontos, desde que o Liverpool vá vencer ao Velodróme na última jornada.
ResponderEliminarTARIK queremos mais flores dessas!
Quer FLôr?
Vi a 1ª parte deste jogo. Fantástico o golo do Tarik.
ResponderEliminarExcelente vitória do FC Porto confirmando que é uma equipa com estatuto europeu. De facto e não apenas de conversa...