segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Liga Portuguesa ( Bwin Liga) : 18ª jornada - FC Porto goleia e reforça liderança após empate do Benfica e derrota do Sporting

Ze Pedro celebra golo frente ao Sporting

A 18ª jornada da Liga Portuguesa voltou a sorrir ao FC Porto, que depois da derrota na semana passada em Alvalade, goleou o laterna vermelha e viu ainda os seus mais directos rivais (Benfica e Sporting) cederem pontos.

Zé Pedro afunda Sporting

Depois de já ter perdido uma vez esta época no Restelo (com o Fátima, na Taça da Liga), o Sporting voltou a ser demasiado verdinho e foi novamente derrotado.
Mas desta vez foi mesmo contra o dono da casa, o Belenenses, que, apesar da crise interna, foi mais equipa e venceu, por 1-0, com um golaço do montijense Zé Pedro perto do intervalo, que valeu a subida ao quinto lugar. Contas feitas, os leões estão a 14 pontos do FC Porto e a quatro do Benfica.

Sem Cândido Costa a 100 por cento (estava em dúvida e ficou no banco), Jorge Jesus apostou em Devic numa linha de três defesas, com Mano a surgir mais adiantado na lateral direita e Rodrigo Alvim a acompanhá-lo pela esquerda. Ruben Amorim foi o trinco. No Sporting, Paulo Bento mandou o promissor Adrien para a bancada e deixou os últimos reforços (Tiuí e Grimi) no banco, mantendo a estrutura que venceu o FC Porto e o Penafiel, na qual só entrou o regressado Abel.

A primeira parte revelou um Belenenses mais organizado e determinado, perante uns leões que pareciam perdidos. Especialmente Miguel Veloso, que falhou demasiados passes, alguns verdadeiras aselhices – um deles até custou um amarelo a Tonel. Os azuis estavam mais rematadores e, depois de alguns disparos para defesas fáceis de Rui Patrício, Zé Pedro concluiu, aos 39’, um rápido contra-ataque com um missíl teleguiado ao ângulo. Os leões foram para o intervalo a perder e sem terem realmente importunado Costinha.

Para a segunda parte, Izmailov, que até tinha sido dispensado de um estágio da seleccção russa para jogar no Restelo e passou ao... lado do jogo, ficou no banho. E estreou-se o avançado Rodrigo Tiuí. Jesus respondeu com a troca de Mano por Cândido Costa, antecipando o recuo de Simon Vukcevic para a esquerda.Os leões surgiram um pouco melhor e Ronny atirou, de livre, ao poste. Os azuis, contudo, controlaram o ritmo de jogo e mantiveram o adversário à distância da sua baliza. Abel, sem ritmo, e Ronny, lesionado, trocaram com Pereirinha e Celsinho. Desta vez Farnerud não ouviu assobios, Grimi adiou a estreia e Purovic voltou a não entrar.

O Sporting aumentou a pressão nos derradeiros minutos, teve mais tempo de posse de bola (52 por cento contra 48 do Belenenses), mas, sem arte, apenas num cabeceamento de Simon Vukcevic, aos 86’, obrigou Costinha a atirar-se ao relvado para agarrar uma bola. Nos descontos, os leões ainda reclamaram uma grande penalidade e Veloso acertou, outra vez de livre, no poste. Mais uma vez, para além de perder a oportunidade de se aproximar do segundo lugar, o Sporting acabou mesmo por cair para a quarta posição, por troca com o Vitória de Guimarães.

Farias bisou - figura do Porto na 2ªvolta

FC Porto regressas às vitórias e com goleada

Golear para acalmar. O FC Porto esmagou a União de Leiria, por 4-0, e regressou aos triunfos de uma forma tranquila. Farías deu sequência às boas exibições, bisou e ganhou muitos pontos na luta por um lugar no onze.

Se dúvidas houvesse quanto à vontade que o FC Porto tinha de apagar a derrota de Alvalade, basta dizer que, aos 40 segundos!, já Farias via um golo ser anulado por fora-de-jogo. No regresso do 4x3x3, o Tecla foi titular na Liga pela primeira vez e ajudou o líder a trucidar o último da classificação – emposição irregular, desviou o tiro com que Bosingwa abriu o activo, e depois bisou, com duas cabeçadas oportunas após centros com açúcar de Quaresma.Ojogo foi um passeio para os portistas que, em cima do intervalo, viram Lisandro picar o ponto e tornar a segunda parte uma formalidade.

Havia curiosidade de ver como reagiam os dragões ao tombo de Alvalade e também como se registava o reencontro de Quaresma com os adeptos após a polémica dos assobios.
Mas a entrada decidida dos portistas e as palmas que o ciganito ouviu quando marcou o primeiro canto do jogo passaram uma borracha nesses maus momentos.
O Leiria foi o adversário ideal para a reconciliação – só criou perigo de bola parada, foi um passador na defesa e está cada vez mais perto da descida.

No segundo tempo só não se construiu uma goleada maior por falta de pontaria e por culpa de Fernando. O brasileiro ainda brilhou aos pés do isolado Lisandro (58’). Mas nada pôde fazer quando Farías assinou o seu primeiro bis. Estava igualado o melhor resultado da época no Dragão e a hora era de gerir esforços, porque se aproxima uma batalha europeia que convém preparar nas melhores condições. Porque o campeonato, esse, está mais do que decidido.

Cardozo e Benfica ineficazes

Irregularidade encarnana paga-se caro!

O Benfica voltou a tropeçar na Liga, ao não conseguir melhor do que um empate sem golos em casa com o Nacional. Os encarnados rebentaram assim com o balão de confiança que a vitória em Guimarães podia ter dado à equipa e somaram o quinto jogo sem marcar em nove jogos em casa na Liga.

A primeira parte da equipa de José Antonio Camacho foi má de mais, talvez uma consequência da ausência de Rui Costa. Com Nuno Gomes controlado por Cléber, o jogo dos encarnados resumiu-se a passes longos e inconsequentes de Luisão que só cansavam Cardozo, obrigado a saltos e mais saltos na luta pela bola.
Aproveitava o Nacional para defender mais à frente e, com isso, criar perigo. As arrancadas dos extremos Juninho e Fábio Coentrão deram algumas dores de cabeça a Quim, que aos 20’ foi obrigado a aplicar-se para impedir o golo de Edson.

O primeiro remate do Benfica surgiu aos 23’, por Di María. E foi parar à bancada. De resto, só se voltou a ver a bola rondar a área do Nacional nos minutos finais da primeira parte, depois da lesão de Nuno Gomes. O capitão, que agora irá enfrentar a concorrência do reforço Makukula, deu o seu lugar a Rodriguez e Di María passou para o centro, levando algum talento àquela zona do campo. O argentino teve aos 41’ a melhor oportunidade dos encarnados, mas depois de isolar pela direita permitiu a defesa de Bracalli. O Benfica dispôs neste período de meia dúzia de cantos, insuficientes para que se ficasse com a ideia de algum tipo de domínio.

A equipa da casa regressou para o segundo tempo com mais agressividade, mas revelava os mesmos defeitos. O jogo não tinha nexo nem ligação entre sectores e vivia à espera dos desequilíbrios que Di María ia criando na defesa contrária.
Katsouranis jogava agora mais adiantado e surgia muitas vezes em terrenos próximos de Cardozo, mas nem assim o Benfica conseguia criar oportunidades claras de golo.
A única diferença em relação à primeira parte era que o Nacional não se mostrava capaz de assustar Quim.

Maxi Pereira teve nos pés o golo, mas o remate saiu à figura de Bracalli e o nulo continuava a enervar as bancadas. O povo irritavase sempre que os jogadores do Benfica atiravam a bola para fora para que um adversário fosse assistido. E ficou em fúria com as substituições de Camacho, que trocou de lateral-esquerdo (Nélson por Léo) e tirou omelhor jogador do Benfica (Di María) para tentar o milagre Mantorras, o tal de quem se esqueceu na conferência de imprensa da véspera. O angolano trouxe alma aos minutos finais da sua equipa, mas desta vez não resultou.

Boavista e P.Ferreira deram show de golos

Muitos golos no Bessa e vitória in-extremis do Guimarães

O Boavista impôs-se ao Paços de Ferreira por 4-3, com três golos do brasileiro Laionel e um de Jorge Ribeiro, num encontro emotivo e intenso, disputado no Estádio do Bessa. Cinco golos na primeira parte e dois na segunda dão uma ideia do que foi a partida, vibrante e bem disputada, entre duas equipas com aspirações similares: a manutenção. O Paços de Ferreira esteve à altura do adversário, nunca se inferiorizou e só não teve capacidade para deter um super inspirado Laionel, autor de um «hat-trick». As duas equipas jogaram claramente para ganhar, ainda que nem sempre da melhor forma. Num jogo de nervos, destaque para a expulsão do técnico do Boavista Jaime Pacheco, que se “pegou” com o pacense Paulo Sousa, pouco antes de ter reclamado uma alegada falta na grande área do Paços cometida por Peçanha sobre Laionel

O Vitória de Guimarães alcançou uma difícil vitória frente ao Leixões, depois de ter estado a perder até aos 80 minutos do encontro. O Leixões jogou bem, taco-a-taco, adiantou-se no marcador na primeira parte e baqueou apenas na parte final do jogo. A equipa de Matosinhos entrou melhor em jogo, com Diogo Valente em plano de destaque a semear o «pânico» pelo flanco esquerdo. Numa dessas incursões, e aproveitando um erro de Andrezinho, o extremo emprestado pelo FC Porto cruzou para o golo fácil de Jorge Gonçalves, aos 14 minutos. Na segunda metade, Cajuda arriscou e colocou Carlitos e Marquinho em campo. Só nos últimos 25 minutos o V. Guimarães começou a encostar o Leixões à sua grande área, também «empurrado» pelo forte apoio que vinha das bancadas. O V. Guimarães chegou ao empate, aos 80 minutos, por intermédio do estreante Marquinho. O jovem brasileiro aproveitou da melhor maneira o bom trabalho de Ghilas, já na grande área, e só teve que encostar. Aos 87 minutos, quando já ninguém esperava, Alan rompeu pela direita centrou para Roberto que tentou desviar de calcanhar, a bola embateu num defesa adversário, sobrou novamente para Roberto que só teve que encostar para delírio dos mais de 16 mil adeptos locais.

Estrela da Amadora e Sporting de Braga empataram 1-1. Após um "nulo" ao intervalo, o Sp. Braga ficou em boa posição para assegurar o triunfo e isolar-se provisoriamente no quinto lugar do campeonato quando Jorginho inaugurou o marcador, aos 82 minutos.
O Estrela da Amadora, que manteve a 12ª posição e continua na luta pela manutenção no escalão principal, conquistou um ponto aparentemente perdido graças a uma grande penalidade convertida por Fernando aos 96 minutos, já depois da expulsão de César Peixoto nos minhotos (92).

Em Coimbra, um golo solitário de Edgar aos três minutos foi suficiente para que a Académica garantisse os três pontos na recepção ao Marítimo, naquele que foi praticamente o único lance de perigo do primeiro tempo.
Com um terreno muito molhado pela chuva que caiu, a segunda parte não foi muito melhor, mas acabou por ser já quase no final da partida que o Marítimo esteve perto da igualdade num livre de Fábio Felício, aos 86 minutos, que Pedro Roma defendeu com dificuldade.

Resultados da 18ª jornada da Liga Portuguesa - Bwin Liga 2007/2008

Belenenses - Sporting, 1-0 (Zé Pedro 39')
FC Porto - União Leiria, 4-0 (Bosingwa 17', Farías 24' e 61' e Lisandro 44')
Benfica - Nacional Madeira, 0-0
Boavista - Paços Ferreira, 4-3 (Laionel 17', 26' e 77' e Jorge Ribeiro 44'; Ricardinho 7', Wesley 37' e Cristiano 47')
Académica - Marítimo, 1-0 (Edgar 4')
Vitória Guimarães - Leixões, 2-1 (Marquinhos 80' e Roberto 88'; Jorge Gonçalves 14')
Estrela Amadora - Sp. Braga, 1-1 (Fernando 96' g.p.; Jorginho 82')
Vitória Setúbal - Naval, 2ªfeira

Classificação da Liga Portuguesa (bwinLiga)

Classificação da Liga Portuguesa (bwinLiga)

Vídeos

Belenenses 1-0 Sporting
Zé Pedro 39'


FC Porto 4-0 União Leiria
Bosingwa 17'
Farías 24' e 61'
Lisandro 44'



Boavista 4-3 Paços Ferreira
Ricardinho 7'
Laionel 17', 26' e 77'
Wesley 37'
Jorge Ribeiro 44'
Cristiano 47'


Vitória Guimarães 2-1 Leixões
Jorge Gonçalves 14'
Marquinhos 80' e Roberto 88'



Académica 1-0 Marítimo
Edgar 4'


Estrela Amadora 1-1 Sp. Braga
Jorginho 82'
Fernando 96'



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Fotos: Reuters

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2 comentários:

  1. O Sporting não aproveitou o empate do Benfica. Até ganhamos um ponto...
    E o Guimarães entra na luta mesmo pela Champions.
    A verdadeira emoção deste campeonato... Quem ficará em 2º!
    O Porto já não incomoda mais!

    P.S Gosto cada vez mais do Jorge Jesus como treinador. Tem inteligência táctica para vender e sobrar...

    cumps

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  2. O SLB E O SCP são todos do mesmo saco - fraquinhos de cabeça e sem ambição força mental para conseguirem vencer 2 ou 3 jogos seguidos.

    Atenção ao Vitória, porque se manterem essa regularidade, podem muito bem tirar um desses grandes do puleiro para a Liga dos Campeões.

    Quando ao jogo do Boavista - bom que fosse sempre assom

    ps- Não percebi o que se passou com o Pacheco!

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