sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O dia C: Quinta da Lapa e Gil Scott-Heron

Mais uma sexta, mais um dia C.

Desta feita dedicar-me-ei a tudo aquilo que acho que não vale a pena fazer neste próximo fim de semana.

O primeiro será beber um Quinta da Lapa. Situada numa zona em que luta entre ser um vinho da extremadura ou ribatejano, lá ganhou o Ribatejo, mas sem grande consistência. Apesar de um sedutor conjunto de castas (Touriga Nacional, Castelão, Syrah e um mais duvidoso Merlot), consegue ser um vinho bastante pouco consistente, onde predomina o travo amargo e pouco saboroso do Merlot. O próprio Castelão merecia melhor acompanhamento a nível de castas.

Portanto, não se atrevam a bebê-lo este fim de semana. Nem no próximo. Não o bebam. Pela vossa saúde.

Uma outra coisa que também não vos recomendo particularmente é o recente trabalhho de Gil Scott-Heron. A questão que se prende com esta minha relutância é tremendamente simples: qual a validade de um cantor de intervenção hoje?

Podemos argumentar que sempre são precisos e que é necessário abrir a nossa consciência e alertar-nos para o que está à nossa volta, mas acredito que a mesma estrutura musical dos anos 70 já não será capaz de seduzir ninguém nos dias que correm. Ou se ouve enquanto um momento historicamente delimitado (com todo o imenso valor inerente) ou então soa a bacoco.

Esta é a minha principal reticência.



Claro está que também não vos aconselho visitas exaustivas (ou até mesmo qualquer tipo de visita) aos variados centros comerciais deste país que seguramente estarão pejados de pessoas em fato de treino, crianças embirrentas, lojas sobrepovoadas, empregados mal pagos e impacientes e barrotes de comida de plástico para enganar uma fome e encher-nos que nem brutos.

Para a semana que vem, já espero que o bom humor tenha regressado e já vos possa recomendar algo de aprazível para o fim de semana.

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