quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Futebol – Final do Torneio “O Treinador”: Heróis maxaquenenses
EM pleno 3 de Fevereiro, Dia dos Heróis Moçambicanos, os maxaquenenses foram os grandes heróis da primeira competição futebolística da temporada 2010, o Torneio “O Treinador”, cujo epílogo teve lugar ontem, no seu campo.
Numa final emocionante, apesar de as equipas terem evidenciado alguma ausência de entrosamento face à entrada de jogadores novos, o Maxaquene conquistou esta prova pela segunda vez consecutiva, mercê da sua vitória sobre o Ferroviário por uma bola sem resposta, tento da autoria do ex-atacante dos “locomotivas” do Chiveve, Tony, quando eram decorridos 69 minutos.
Tendo os “tricolores” como vencedores – receberam o respectivo troféu – o segundo lugar da prova coube aos campeões nacionais, o terceiro ao Matchedje e o quarto e último ao Desportivo.
Nesta altura do princípio da época, a principal curiosidade dos adeptos residia na identificação dos reforços, observar como a sua equipa actua e começar já a fazer conjecturas em relação ao futuro. No caso da partida de ontem, o facto de se tratar de uma final teve o seu peso e, nas quatro linhas, o empenho dos artistas foi irrefutável. Imprimindo velocidade ao desafio, ambos os conjuntos procuraram sempre estar próximos da baliza contrária, mas o que se viu, essencialmente, foi uma concentração do jogo na zona nevrálgica, onde se travaram grandes batalhas.
Mesmo assim, algumas fugas para a frente atacante eram protagonizadas, do lado “tricolor” por Tony, que parece estar a encaixar-se perfeitamente no esquema de jogo da turma de Arnaldo Salvado, Hélder Pelembe e Eboh; pela banda “locomotiva” através de Jerry, no entanto, sem grande impacto, pois a sua muleta Luís, incompreensivelmente, jogava longe do seu lugar habitual, daí que o apoio ao jovem ponta-de-lança acabava sendo produto da acção dos meio-campistas Danito Parruque, Momed Hagy e Ítalo, este último a fazer as delícias dos adeptos com os seus geniais toques de bola.
A desfrutar, globalmente, do maior quinhão de lances de ataque, o Maxaquene viria a construir a vitória num lance de extraordinário envolvimento de Tony, senão vejamos: primeiro, remata forte para uma defesa de recurso do guarda-redes Muhamad, cedendo pontapé de canto; depois, na sequência deste, a nova aquisição “tricolor” mete a cabeça à bola e atira vitoriosamente.
O esforço do Ferroviário para também chegar ao golo foi uma realidade, só que as duas formações, nessa altura, já jogavam com segundas equipas, devido às intermináveis substituições que efectuaram, para além das constantes paragens no jogo e sua consequente quebra de ritmo.
O juiz da partida, ao que tudo indica, ainda está de férias. Atrapalhou-se incrivelmente em relação às faltas, tendo os “tricolores” sido os mais prejudicados.
Ficha o Jogo
Maxaquene – Samito; Vovito, Dércio, Nito e Eusébio; Eládio (Kito), Alvarito (Mustafá) e Eboh (Liberty); Hélder (Clarêncio), Tony (Aníbal) e Macamito (Reginaldo)
Ferroviário – Pinto (Muhamad); Butana (Rafael), Zabula, Tony e Michael (Fred); Whisky, Momed Hagy (Valdo), Danito Parruque (Tchaka) e Ítalo (Mendes); Luís e Jerry (Imo)
Texto: Michael Cesar (correspondente e colaborador do Desportugal em Moçambique)
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