quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dos Municípios da África Austral: Comité Organizador quer jogos mais expressivos e abrangentes


A organização dos Jogos Municipais da África Austral recentemente terminada em Maputo pretende tornar o evento mais expressivo, o que passa por uma maior divulgação e abrangência de cidades dos países da região.

Este sentimento foi manifestado pelos representantes dos países (municípios) participantes, nomeadamente de Moçambique, África do Sul, Suazilândia, Botswana e Namíbia, após avaliar o seu grau de envolvimento nos jogos.

A organização constatou que maior número dos países da região e os respectivos municípios não participam no evento, lançado com o objectivo de promover o intercâmbio desportivo, o turismo e a amizade entre os municípios dos países da região.

Os VII Jogos foram exemplo disso, sendo que apenas cinco países estiveram representados, para além de que o número de participantes no evento reduziu relativamente à anterior edição. São 46 cidades que se fizeram aos jogos, levando consigo um total de três mil participantes, entre atletas, dirigentes desportivos, municipais e adeptos. Os jogos de 2008 contaram com a presença de 67 cidades em representação dos países que participaram na finda edição incluindo a Zâmbia.

“O nosso objectivo é juntar todos os municípios da África Austral de modo que o intercâmbio não seja apenas a nível das gemelagens que são feitas individualmente entre as cidades de um determinado país e doutro. A ideia é avançar com mais números, com objectivo de promover mais amizade, troca de experiência e o desporto nas comunidades dos países da região”, frisou Lázaro Mbabamba, representante moçambicano no Comité Organizador dos Jogos.

Outra constatação que se fez é o facto de a África do Sul ser o país que mais cidades (equipas/atletas) tem trazido aos jogos, como foi novamente provado na edição que acaba de terminar. Os sul-africanos acabaram, em consequência disso, sendo os mais destacados pela quantidade de medalhas por si conquistadas, seguidos do Botswana, Namíbia e Suazilândia. Moçambique, representado pelo Município da Matola, não teve sequer uma medalha.

De salientar que a VII edição movimentou nove modalidades, designadamente futebol, voleibol, netboll, golfe, atletismo (maratona), lançamento de dardo, ténis de campo e de mesa e bilhares.

Moçambique clama por maior presença

Lázaro Mbambamba anotou que Moçambique é dos países com menor representatividade no evento, situação que deverá ser superada nas próximas edições, com o plano visando a integração de mais municípios do país.

O representante moçambicano no Comité Organizados dos Jogos, Lázaro Mbambamba, realçou, porém, que isso passará pela mobilização dos municípios para este evento e, depois, a sua organização para a promoção de actividades desportivas a nível local.

Salientou que será igualmente necessária a mobilização de meios, pois os encargos de participação são individuais, razão que aponta como tendo sido o maior obstáculo para a aderência de outros municípios nos jogos.

Moçambique aderiu a este evento no ano passado, com a sua participação nos jogos realizados na cidade sul-africana de Kimberley.

Antes, a participação neste tipo de eventos era feita de forma individual, com destaque para o Município da Matola, no âmbito da gemelagem que tem com as cidades de Mbabane, na Suazilândia, Mbomela e Nkomazi, na África do Sul.

Visitantes repudiam estado dos campos

As equipas visitantes não esconderam a sua satisfação pela hospitalidade oferecida pelos moçambicanos e segurança que se vive no país, concretamente nas cidades de Maputo e Matola, onde estiveram hospedados. Porém, manifestaram repúdio ao mau estado em que estão votados os recintos desportivos.

Mbambamba defende que os municípios devem apostar na construção de recintos desportivos próprios para acomodar os interesses locais, em particular, e do país, em geral, sendo que os clubes continuam a enfrentar limitações para a reabilitação das suas infra-estruturas. Segundo sua opinião, o associativismo nos clubes é tão fraco, daí que os clubes são reféns aos apoios das empresas.

Disse que devia seguir-se ao exemplo da África do Sul, onde as empresas são donas dos clubes, daí que são sustentáveis.
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Texto: Michael Cesar (correspondente e colaborador do Desportugal em Moçambique)


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