A LDU superou todas as expectativas, todos os prognósticos e também o time do Fluminense, para sagrar-se campeã da Taça Libertadores da América de forma inédita. A Liga Deportiva Universitaria, de Quito, perdeu nos 90 minutos e prorrogação por 1-3, mas ganhou nos pênaltis justamente por 3 a 1 e deu o primeiro título da competição ao futebol de seu país.
Tendo vencido a partida no Equador por 4-2, imaginava-se que a LDU abusaria do jogo defensivo num Maracanã com 78.918 torcedores. Não foi o que se viu no início da partida: logo aos 5 minutos, Guerrón deu assistência para Bolaños marcar o primeiro gol da noite, para os visitantes.
O empate não demorou, todavia. Aos 11’, Thiago Neves fez bela jogada e concluiu com um chute da entrada da área, sem chances para o goleiro veterano Cevallos (37 anos e um tanto parecido na fisionomia com Edwin Van der Sar). O arqueiro da LDU apareceu novamente aos 13’, numa tentativa de Cícero.
A virada no placar veio aos 26’, numa desatenção do time equatoriano. Cícero invadiu a área sem marcação e tocou para Thiago Neves, igualmente livre, finalizar e levar à loucura a torcida do Flu. Faltavam dois gols para o título no tempo normal.
Neste momento, evidenciou-se um certo racha no elenco dos cariocas. Thiago Neves correu para abraçar os companheiros após seu gol, mas Dodô sequer comemorou com os parceiros. Dodô que, durante a semana, deixou bem claro que estava insatisfeito com a condição de reserva.
Perto de meia-hora de jogo, os torcedores locais reclamaram do juiz Hector Baldassi veementemente. O árbitro não marcou um suposto pênalti sofrido por Washington, derrubado na área. O Fluminense teve ainda dois bons momentos na etapa inicial, com Junior César e Washington, mas não conseguiu o gol.
Para o segundo tempo, Dodô entrou no lugar do defensor Ygor e formou um trio ofensivo com Washington e Cícero. Aos 52’, o novo atacante do Flu quase marcou, mas seu chute parou na trave. Então, aos 55 minutos, Thiago Neves sofreu falta próxima à área. Ele mesmo cobrou e garantiu seu hat trick no jogo: 3-1 e decisão na prorrogação.
Quem esperava uma LDU desorientada, enganou-se novamente. Os equatorianos tiveram melhores oportunidades de gol, a primeira com Urrutía, aos 65’ (Fernando Henrique defendeu). Pouco depois, Bieler acertou a trave e quase descontou. Na marca dos 77 minutos, Conca chutou para boa defesa de Cevallos – no rebote, Dodô não conseguiu concluir.
Mas ninguém conseguiu mais um gol e a partida foi mesmo para o tempo extra. No início, o Fluminense esteve em cima, criando algumas chances mas pouco acertando finalizações no gol. Foi quando as equipes demonstraram claros sinais de cansaço, com poucos bons momentos.
Nos últimos 15 minutos da prorrogação, a LDU esteve próxima de marcar, e até marcou: Bieler concluiu de cabeça, mas a arbitragem anulou erroneamente por “fora de jogo”. Faltando três minutos, Thiago Neves quase definiu a sorte de seu time: bateu cruzando para ótima defesa de Cevallos.
No último minuto, o capitão Luiz Alberto acabou expulso após falta em Guerrón, que avançava em alta velocidade em direção ao gol de Fernando.
Nas penalidades, o experiente goleiro da Seleção do Equador mostrou seu valor. Após uma partida em que pouco fez de bom, digamos assim, ele virou herói. Vejamos por que.
A LDU começou a série com Urrutía: 1-0; Conca, por sua vez, parou em Cevallos. Fernando Henrique pegou o chute de Campos; mas Thiago Neves, herói de seu time com quatro gols nos dois jogos finais, também perdeu: Cevallos pegou no seu canto direito. Salas ampliou para 2-0; e Cícero também converteu, 2-1. Guerrón marcou o 3-1 para a LDU; e Washington também parou em Cevallos no pênalti decisivo, 3-1.
O Fluminense do técnico Renato “Gaúcho” Portaluppi atuou com Fernando Henrique; Gabriel (Maurício), Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César; Ygor (Dodô), Arouca (Roger), Thiago Neves e Conca; Cícero e Washington.
A LDU de Edgardo Bauza esteve com Cevallos; Campos, Calle e Araujo; Guerron, Vera, Urrutia, Bolaños (Salas) e Ambrossi; Manso (Willian Araujo) e Bieler.
Após a partida, segundo relato do repórter Conrado Giuliette, da Rádio Eldorado ESPN, Dodô teria rido e brincado com os atletas do clube que perderam pênalti na decisão. Luiz Alberto teria partido para briga contra o atacante, dizendo que “não era uma atitude de homem”. Cícero chegou depois e o empurrou, e Somália (atacante reserva) começou a chutar Dodô, segundo o repórter. O técnico Renato Portaluppi e o coordenador de futebol Branco teriam chegado logo em seguida, com o treinador aos gritos de “Você está fora”. Nenhum destes fatos foi confirmado. A diretoria do Flu nega veementemente.
No lado ganhador... “Sofremos muito e ganhamos bem. Nossos rivais eram candidatos naturais, mas conseguimos superá-los com grande coragem”, comemorou o técnico Bauza. “Foi muito difícil agüentar depois do terceiro gol, e ficamos muito nervosos nos últimos minutos”. O atacante Bieler comentou: “Foi um Maracanazo, foi espetacular. Não podíamos desperdiçar essa oportunidade”.
No lado brasileiro, lamentações e críticas ao árbitro Baldassi. “Temos história para reclamar de árbitros. Mas agora vem um argentino moleque e safado Sou membro da Fifa e posso garantir que ele não apitará mais nenhuma partida. Se isso não ocorrer, eu saio da federação”, falou o presidente do Fluminense, Roberto Horcades, para quem a perda do título passou pela não marcação do pênalti sobre Washington.
Vídeo
Fluminense 3-1 LDU (1-3 pên.)
Taça da LDU
Texto: Matheus Rocha (correspondente e coloborador do Desportugal no Brasil) (fotos: Terra)
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quinta-feira, 3 de julho de 2008
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Venho aqui deixar neu elogio a este belissimo blog, como sempre com posts muito interessantes, meus parabens, espero que continue sempre assim - são blogs assim que a internet esta precisando
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