O Dia C

Eis que mais um ansiado fim de semana se aproxima e o sol reaparece no céu cinzento do Alentejo de onde vos escrevo.

Ai, mas que blogue mais provinicano!, pensarão os cosmopolitas leitores desta crónica semanal que pouco interesse despertará na maioria dos leitores. Mas enfim, o compromisso que assumi para com o Nuno Gonçalo obriga-me a fornicar o juízo dos leitores.

Ora aguentem-se!

Em relação às críticas de provincianismo, lanço para o ar uma questão extemamente pertinente: quem é que já provou as novíssimas super bocks abadias? Vá, levantem lá a mão na vossa intimidade se já o fizeram.

Se não, acho que vejo um objectivo imperioso neste vosso fim de semana. Bebam-nas. Mesmo que acabem por não gostar, experimentem. Desenhadas para acompanhar comida, a Super Bock deu um passo em frente na sua europeização, cujo êxito nacional acho um pouco duvidoso graças à lusa resistência em relação ao cervejame.

Mas cerveja rima com Kalashnikov. A banda que conseguiu projecção através do fantástico Vai tudo Abaixo tem um dos mais entusiasmantes álbuns de panque-roque destes últimos tempos.

Desde que o comprei que praticamente não oiço outra coisa de forma quase ininterrupta.

Apesar de ter letras algo redutoras e mesmo básicas, averdade é que conseguem ou esforçam-se por tentar passar uma clara mensagem política ou de tentativa de conscencialização, o que já não é nada mau nos dias que correm.

Depois de este Peace is Dead aconselho um passeio até ao Convento das Mónicas em Lisboa onde irá estar o Sérgio Godinho com uma peça que pretende abater de vez o generation gap, o que a mim sempre me parece difícil, pois tenho-o como uma coisa razoavelmente saudável.

Mas ver o Sérgio Godinho no palco e não a cantar é uma oportunidade única, que acho sinceramente que não devíamos desperdiçar.

Seja como for, desejo a todos os estimados e ilustra leitores deste blogue ou só das minhas crónicas um grande fim de semana.

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