segunda-feira, 7 de setembro de 2009

“Mambas” antecipam Dia da Vitória! - Ontem, na Machava, derrotaram o Quénia, por 1-0 e abre caminho para o CAN – 2010 em Angola

Festa em Moçambique

Os moçambicanos estão duplamente em festa. Ontem viram a sua selecção de futebol, os “Mambas”, a derrotar o Quénia, por uma bola sem resposta, em pleno Estádio da Machava a arrebentar pelas costuras. E hoje festejam, ininterruptamente, o Dia da Vitória, o 7 de Setembro que culminou em 1974 com a assinatura dos Acordos de Lusaka, que viriam a proporcionar a este povo o final da Luta de Libertação Nacional, que culminaria com a Independência Nacional um ano depois, isto em 1975.

Esta vitória dos “Mambas” abre boas perspectivas de qualificação, pelo menos, para o CAN de Angola, uma vez que passaram a somar quatro pontos, mais um que os quenianos, com quem se deve lutar até às últimas consequências. A Tunísia, por seu turno caminha a passos largos para o “Mundial” da África do Sul, depois de ontem à noite, ter ido a Abuja empatar com a Nigéria, a duas bolas bola, consolidando a posição de líder com oito pontos, mais um que os nigerianos.


O jogo de ontem, na Machava, foi de muita paciência como já era previsível. Os milhares de moçambicanos presentes no Estádio e tantos outros espalhados pelo país que acompanhavam o encontro, ora através da rádio ora pela televisão, em vários momentos tiveram que levar as mãos à cabeça, porque os falhanços eram às catadupas e os quenianos faziam o que lhes convinham: “queimar” o tempo sempre que estivessem na posse da bola ou quando a perdiam.

O público pacientou e como quem pacienta ganha a vitória, a vitória acabou sorrindo para os “moçambicanos, em vésperas de mais um Dia da Vitória. Quem podia ser? O inevitável Tico-Tico que, mais uma vez, veio a demonstrar que a idade não pesa nas pernas, bem secundado por Dário Monteiro, com quem formava a dupla de ataque. Aliás, Dário Monteiro foi o construtor de toda a alegria que se viveu ontem e que se vive ainda hoje, quando, aos 66 minutos, desembaraçou-se de um defesa pela esquerda e com um cruzamento rasteiro e milimétrico colocou o esférico junto da marca de penalte para a entrada do “matador” Tico, que de primeira fez “explodir” Machava. Viveram-se momentos ímpares na catedral. Um barulho ensurdecedor.

Abraços aqui e acolá na bancada, nos camarotes e na tribuna. Era uma verdadeira loucura, daquelas vividas aquando do apuramento dos “Mambas” para o CAN de Burkina-Faso em 1997 frente ao Malawi, em que vencemos por 2-1, ao apagar das luzes. Curiosamente o “mestre” e o salvador voltou a ser o mesmo: Tico-Tico.

Os quenianos nem queriam acreditar. O seu técnico irritadíssimo quase que caía de costas. Sabia que o tiro lhe havia saído pela culatra. O feitiço tinha virado contra o feiticeiro. Quem já corria atrás do prejuízo eram eles, os quenianos, enquanto os “Mambas” já jogavam contra o tempo.

Mart Nooij, que já tinha chamado Jerry para responder à apatia do ataque e os apupos do público impaciente teve que mudar de ideias, reforçando mais o meio- campo com as entradas de Hagy e Josimar e mais tarde de Jerry que foi lançar pânico à defensiva contrária.

E agora o que nos sobra para a qualificação para o CAN? Temos um caminho espinhoso pela frente. Primeiro, em Outubro, vamos à Nigéria com quem empatámos na primeira volta e depois recebemos a Tunísia para o encerramento deste último ciclo.

Vídeo

Moçambique 1-0 Quénia (outros jogos incluidos)neste, link

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Texto: Michael Cesar (correspondente e colaborador do Desportugal em Moçambique)


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