O FC Porto garantiu a presença na final da Taça de Portugal ao vencer o Vitória de Setúbal, no Bonfim, por claros 3-0. Uma exibição bastante competente e determinada aniquilaram as aspirações dos milhares de adeptos sadinos presentes no Estádio do Bonfim, que sonhavam com uma segunda final este ano.
Carlos Carvalhal e Jesualdo Ferreira não reservaram surpresas nos onzes. Nos sadinos,
o capitão Sandro recuperou da lesão e foi titular. Os campeões nacionais utilizaram a sua equipa predilecta, com excepção de Helton, que nem no banco ficou, sinal de que não recuperou do seu problema físico. Avançou Nuno, o dono da baliza na Taça.
O Vitória começou com a corda toda, apesar do primeiro remate com algum perigo ter pertencido ao FC Porto, por Bruno Alves, logo aos 4 minutos. Mas a verdade é que no primeiro quarto de hora só deu V. Setúbal, com Pitbull endiabrado a querer mostrar que tem lugar no plantel portista. Ora assistia com perigo, principalmente em livres laterais, ora ele próprio rematava, deixando os portistas à beira de um ataque de nervos. Num desses lances a bola ressaltou em Pedro Emanuel e quase traiu Nuno.
O FC Porto foi sacudindo a pressão. Primeiro equilibrou e depois passou a exercer claro ascendente. Bruno Alves voltou a visar a baliza de Eduardo com perigo e o flanco direito portista começava a carburar, curiosamente mais pela acção de Bosingwa do que de Sektioui ou Quaresma.
A dez minutos do intervalo, a equipa de Jesualdo Ferreira esteve perto de marcar quando José Bosingwa entrou pela direita da área e cruzou atrasado para Lucho González, mas o pontapé do médio internacional argentino esbarrou no compatriota Lisandro López e depois a defensiva setubalense afastou a bola pela linha de fundo. No entanto, fruto do claro domínio nesta altura, o campeão FC Porto adiantou-se no marcador. Meireles cobrou um canto na esquerda, o capitão do Setúbal, Sandro, desviou ligeiramente o esférico e o seu companheiro Jorginho, acossado por Lisandro, introduziu a bola na sua própria baliza.
Logo a seguir, na melhor jogada da etapa inicial, Ricardo Quaresma colocou na esquerda em Lisandro, o actual melhor marcador do campeonato - com 22 tentos - deixou em Tarik Sektioui e o marroquino ofereceu o golo a Lucho, mais bem colocado na zona frontal, mas Eduardo defendeu. A bola sobrou ainda para Lisandro, mas o pontapé do avançado foi de encontro a Ricardo Chaves. Tarik desperdiçou nos descontos a possibilidade de aumentar a vantagem, ao permitir que o guardião do conjunto da casa lhe tirasse a bola com os pés.
Perante a atrapalhação da defesa do Setúbal, Lisandro rematou cruzado da esquerda ao poste mais distante, antes de Bosingwa lançar Tarik na direita e o marroquino oferecer o golo a Lucho, ainda que Eduardo tivesse deixado fugir a bola por baixo do corpo. E a desorientação sadina tornou-se mais evidente quando, depois de Eduardo ter emendado o seu erro e defendido o remate de Quaresma, Janício entregou a bola a Meireles e o médio assistiu Lucho que, com um pontapé colocado, fez o terceiro aos 60minutos.
Até ao final assistiu-se a um autêntico passeio por parte dos campeões nacionais, que permitiu a Jesualdo fazer descansar alguns dos seus jogadores fundamentais. Pelo lado do Vitória, a equipa da casa só criou perigo através de Claúdio Pitbull e sempre através da cobrança de livres directos.
A equipa do Sado nunca foi capaz de criar dificuldades ao FC Porto, sendo por isso o resultado justo face ao que decorreu no relvado. O FC Porto qualificou-se assim para a sua 25.ª final da Taça de Portugal.
Vídeo
Vitória de Setúbal 0-3 FC Porto
Jorginho 37' p.b.
Lucho 52' e 60'
Fotos: AP
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Somos os melhores e a Taça será a cereja no topo do bolo.
ResponderEliminarObrigado Porto pela grande época.