sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O Dia C




Luiz Pacheco morreu.



Quem? -perguntarão.



O Luiz Pacheco, repito sem frenesim.



Não foi um jogador de futebol embora tenha sido de certa forma um jogador.



Jogador com as palavras e com a sua própria vida. A forma como conduziu o seu próprio destino acaba por ser a mais exemplar representação da linguagem que criou.


A expressão pura e crua de uma realidade que dista bastante do nosso quotidiano é um dos pontos fortes de um escritor onde as dificuldades financeiras eram companheiras frequentes.


Passagens pela prisão, homossexualidade, álcool, pedofilia, sexo crú e uma visão da sociedade dominada pela sua constante aflição monetária e aparente descontrolo das suas necessidades são apenas alguns dos temas abordados na sua riquíssima produção literária.

Portanto, neste fim de semana que se avizinha chuvoso convido-vos a lerem a obra de Luiz Pacheco.

Se tiverem oportunidade de escolha, aconselho A Comunidade onde o seu dia a dia é retratado de forma extremamente irónica de forma única e genial que já não voltará a ver luz.

Além do mais, ouvi dizer que fica bem lermos os mortos.










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1 comentário:

  1. Infelizmente não conhecia o trabalho deste senhor, mas ainda vou a tempo de explorar o que melhor fez.

    Morreu aqui bem perto de onde moro.

    Abraço Amigo e bom fim-de-semana

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