sexta-feira, 8 de junho de 2007
Alive/2007 - Oeiras : Grandes bandas ao vivo este fim-de-semana
O Desportugal não é só desporto e este fim-de-semana há bons motivos para esqueçer a bola e dar um salto até ao passeio marítimo de Oeiras (Lisboa) e assistir aos 3 dias de concertos do Alive/07 que vai começar já a rolar esta sexta-feira com duas bandas geniais como os mitícos Pearl Jam e Linkin Park .
Os Pearl Jam e os Linkin Park são os cabeças de cartaz do primeiro dia do evento, que decorre até Domingo, no Passeio Marítimo de Algés.
Amanhã ( Sábado) o grande destaque vai para o ressurgimento em Portugal da banda de Billy Corgan , os Smashing Pumpkins que continuam a ter uma legião de fans em Portugal . Antes uma das bandas do momento com os White Stripes que actuam pela primeira vez em palcos lusos .
No Domingo a música muda de ritmos e o hip pop e de certa forma as batidas serão uma constante com destaque para os Beastie Boys e os portugueses Da Weasel sempre em grande forma em palco .
Segundo o que li , parte destes concertos serão transmitidos em directo na televisão por cabo através da SIC Radical . ( fica o link para quem quer ver através do computador )
A rádio ofical será a Best Rock e vai também estar dentro do acontecimento (Vão a este link )
Fica o cartaz completo do Oeiras Alive!07:
08 de Junho
Palco Optimus
Pearl Jam (23h40)
Linkin Park (21h40)
Blasted Mechanism (20h00)
The Used (18h30)
Palco Sagres Mini
Shantel & Bucovina Club Orkestar (01h50)
The Sounds (23h25)
The Rakes (21h50)
Unkle Bob (20h20)
Loto (19h00)
Oioai (18h00)
09 de Junho
Palco Optimus
Smashing Pumpkins (23h45)
White Stripes (21h45)
Balla (20h00)
Triangulo Bizarro (18h30)
Palco Sagres Mini
Dezperados (00h50)
The Go! Team (23h00)
The Dead 60's (21h20)
Capitão Fantasma (20h10)
Plastica (19h00)
Dapunksportif (18h00)
Dia 10 de Junho
Palco Optimus
Beastie Boys (23h00)
Da Weasel (21h15)
Matisyahu (19h35)
Sam The Kid (18h30)
Palco Sagres Mini
Buraka Som Sistema (00h30)
The (International) Noise Conspiracy (22h50)
WrayGunn (21h30)
Vicious Five (20h10)
Nigga Poison (19h00)
Tora Tora Big Band(18h00)
Já agora os preços dos bilhetes variam entre os €45 (1 dia) e €90 (3 dias) e os mesmos estarão à venda na FNAC, CTT, www.ticketline.sapo.pt e nas reservas ticketline .
Vídeos
Pearl Jam (Black)
Linkin Park (In the end)
Smashing Pumpkins ('Tarantula' on Letterman Show - Live)
White Stripes (seven nation army)
Beastie Boys- Intergalatic
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Sem qualquer dúvida o Alive penso que será o melhor festival deste ano em Portugal.
ResponderEliminarPenso que o Alive bate todos mesmo o super rock super bock.
Eu não vou perder os smashing pumpkins, pearl jam (magnifica banda), tara perdida, sam the kid e muitos mais.
Este ano temos uma variedade de estilos em todos os festivais e bandas com muito prestigio. As organizaçoes fizeram um magnifico trabalho, estao de parabens.
Aproveitem que isto não é todos os anos.
Crónica do Blitz ao 1º dia :
ResponderEliminarFoi um começo auspicioso para o Oeiras Alive! 07 – na primeira noite do novo evento musical da Grande Lisboa, o Passeio Marítimo de Algés acolheu vários concertos bem recebidos pelas dezenas de milhares de espectadores que acorreram ao local. Os cabeças de cartaz Linkin Park e Pearl Jam motivaram as maiores enchentes, mas a partir das 20h00, ou seja, do concerto dos Blasted Mechanism em diante, já era complicado circular frente ao palco principal.
Com gravilha e areia a servir de pavimento, o espaço do Oeiras Alive divide-se em dois espaços dedicados a concertos (entre ambos vai uma distância de música, música e meia), zona de restauração (com filas proibitivas nas horas de maior aperto estomacal), WCs, tendas de artesanato e algumas instalações artísticas, fazendo (modesto) jus à ideia multidisciplinar do evento. O som esteve à altura do exigido, não comprometendo qualquer dos concertos principais, e o maior problema “logístico” parece ter passado pelo estacionamento, com muitos dos espectadores a terem de deixar a viatura para lá da Torre de Belém.
Quanto aos concertos, não é fácil encontrar um vencedor incontestado para a primeira noite. Aos Blasted Mechanism, a primeira banda grande a subir ao palco principal, coube aquecer o público e provar como o ambiente “live” continua a ser o catalizador perfeito para a música frique e mutante de Sound In Light . O mais recente trabalho do grupo esteve, de resto, em destaque: logo a abrir, o excelente «Battle of Tribes» evidenciou a faceta étnica dos portugueses. O som nítido que os serviu permitiu que, no meio do transe dançante e catártico, a plateia escutasse com pormenor o contributo das percussões e das cordas na poderosa máquina de palco da banda. «Are U Ready?», «Blasted Empire», «Sun Goes Down» e «I’ve Got Something To Say» conduziram o concerto em crescendo até à inevitável – e trepidante - «Nadabrovitchka». Tal como em disco, a entrega é indiscutível. Quem está com a banda – e muitos foram os que a saudaram, quer em palco quer na descida dos músicos à plateia – só pode agradecer a comunhão.
Empatia entre público e banda não faltou, também, no concerto dos Linkin Park. Quem tenha pensado que a popularidade dos norte-americanos sairia sacrificada com o ocaso do nu-metal, equivocou-se. Em Oeiras, os autores de «Numb» foram recebidos em braços (literalmente: havia quem tivesse o nome da banda escrito nos membros superiores, ou t-shirts a avisar «eu vim ver LP»). Os fiéis criaram o ambiente ideal para um espectáculo emocional, no qual temas como «Somewhere I Belong», «From The Inside», «Crawling» ou, já no encore, «Faint» foram entoados a uma só voz. Encantados com a recepção, e nitidamente em altura de fazer contas à vida, os Linkin Park foram verdadeiros campeões dos agradecimentos, frisando vezes sem conta a importância do apoio dos fãs nos melhores – e nos piores – momentos.
Empoleiradas nos monitores de palco, as figuras de proa da banda assumiam uma postura quase de heróis da classe operária – do seu género musical, claro. Com Chester Bennington a contorcer-se em cada lamúria gritada e Mike Shinoda a estabelecer a comunicação com os admiradores, sempre com humildade, houve tempo para tudo – até para momentos mais introspectivos e melancólicos, com o sintetizador em primeiro plano.
Se os Linkin Park foram operários fabris na noite de ontem, os Pearl Jam, e muito especialmente Eddie Vedder, vestiram a pele de pai de família. De volta a Portugal menos de um ano após o último concerto por cá, a banda trouxe um alinhamento de best of e muito boa disposição. Vedder foi-se progressivamente libertando e acabou a ler vários pequenos discursos em português, enquanto bebia e fumava. A sequência «Corduroy», «It’s Evolution Baby» e «Worldwide Suicide» serviu de arranque sôfrego ao concerto, mas os melhores momentos surgiriam mais à frente, à medida que o espectáculo ganhava corpo e calor.
«Elderly Woman Behind the Counter at a Small Town», «State of Love and Trust» ou «Even Flow», provavelmente tocada pela milionésima vez mas ainda sem enfado, serviram de prova ao equilíbrio que os Pearl Jam lograram alcançar: o de continuar a ser uma banda de culto, ao mesmo tempo que se tornam “seguros”, institucionais, apelando a uma larga variedade de melómanos e gerações.
Ao longo de duas horas, o “velho amigo” Eddie Vedder dedicou músicas a bebés («Given To Fly») e aos surfistas portugueses («Big Wave»), falou das raízes lusas do teclista havaiano e dirigiu um (escusado) «que se foda» a Madrid, onde tocará hoje. A pose que ficará para a história, deste concerto, será a do cantor de braços cruzados sobre o peito, em forma de reconhecimento. Quanto ao som, apesar do final com «Black», «Keep On Rocking In A Free World» e «Yellow Ledbetter», suspeitamos que o karaoke colectivo de «Better Man» fará as delícias dos coleccionadores de gravações pirata.
Ao final da tarde, os americanos The Used conquistaram o público com persistência (o vocalista Bert McCracken incentivou sucessivamente os fãs, quase sempre com a palavra “fuck” e derivados) e várias amostras dos seus três álbuns. Dignos representantes do rock-chorão, os autores de Lies for the Liars por pouco não terão borrado o eyeliner, ao ouvir as suas letras serem entoadas com convicção por muitos dos presentes. «On My Own», «Pretty Handsome Awkward» e «Hospital» foram alguns dos momentos de maior partilha.
No palco secundário, a tarde abriu com os Oioai, cujas canções sem grandes requintes ou pormenores convenceram uma tenda quase cheia; Tiago Bettencourt, dos Toranja, ajudou em «E Agora o que É que Eu Vou Fazer». Já os Loto pareceram divertir-se mais do que o respectivo público, pouco receptivo aos convites para pular e dançar. «Celebration», «Back to Discos» ou «We Are», parecendo que não, já ajudam a compor uma setlist bem decente.
À noite, os ingleses The Rakes mostraram filiação na vaga pós-punk, arrancando a melhor reacção com «22 Grand Job», ao passo que os The Sounds se estrearam em Portugal com garra e alguma má sorte. Os suecos debateram-se com alguns problemas sonoros - que levaram a vocalista Maja Ivarsson ao desespero -, mas não deixaram de apresentar um cardápio suculento baseado em canções dos seus dois álbuns de originais. A abertura deu-se com «Living In America» (o single que os deu a conhecer) e, com o turbo ligado, o grupo atirou-se às frenéticas «Song With a Mission», «Dance With Me», «Queen of Apology» e «Painted By Numbers». Maja Ivarsson apresentou-se com o costumeiro casaco de cabedal e uns curtos calções de ganga, experimentando aqui e ali algumas poses mais ousadas.
O Oeiras Alive! 07 prossegue hoje, 9 de Junho, com actuações de Smashing Pumpkins, White Stripes e The Go! Team, entre outros.