O Chelsea conquistou a Taça de Inglaterra, após bater no novo Estádio de Wembley ( fotos/vídeo) o Manchester United, por 1-0, após prolongamento. A equipa de José Mourinho chegou à vitória aos 116 minutos pelo suspeito do costume, com Didier Drogba a combinar bem com Frank Lampard e a lançar o delírio nos adeptos dos "blues". Com Ricardo Carvalho de fora, devido a lesão, a participação portuguesa na final ficou a cargo de Paulo Ferreira e Cristiano Ronaldo.
O Chelsea havia vencido a última final da Taça de Inglaterra disputada no antigo Estádio de Wembley, quando derrotou o Aston Villa em 2000, sendo que este novo sucesso dos "blues" garantiu a José Mourinho o único troféu que lhe faltava conquistar desde que chegou a solo inglês em 2004. O Príncipe William, presidente da Federação Inglesa de Futebol, inaugurou oficialmente o novo estádio, antes de os jogadores entrarem no relvado sob os aplausos dos 89,926 espectadores presentes. Sir Alex Ferguson tinha previsto que o Chelsea ia abordar o encontro como "um animal ferido" após não ter conseguido revalidar o título da Premiership, mas a verdade é que as duas equipas preferiram a paciência em detrimento do jogo de ataque , o que não foi benéfico para quem esparava um jogo aberto ..
O Chelsea, que não pôde contar com Michael Ballack, Andriy Shevchenko e Ricardo Carvalho, teve mais posse de bola nos instantes iniciais da partida, mas não logrou criar oportunidades de golo. A tarde também se revelou frustrante para os recentemente coroados campeões ingleses. Wayne Rooney viu serem-lhe assinalados três foras-de-jogo quando se encontrava em posição privilegiada, com Cristiano Ronaldo a sentir muitas dificuldades para ultrapassar a oposição de Paulo Ferreira.
De facto, foi o defesa-direito do Chelsea que esteve na origem da primeira grande oportunidade do jogo, aos 30 minutos, progredindo no terreno antes de endossar o esférico a Lampard, cujo remate rasteiro foi detido por van der Sar. Pouco depois, Wright-Phillips atirou por cima, numa altura em que as duas equipas começavam a encontrar o seu ritmo. Ronaldo rematou ao lado após receber um excelente passe de Scholes, antes de Lampard ver um disparo de longe errar por pouco o alvo.
Os problemas de lesões do Chelsea agravaram-se quando Joe Cole não regressou dos balnerários para a segunda parte. Os adeptos londrinos festejaram a entrada de Robben, mas foi o United quem tomou a iniciativa. Um minuto após o reatamento, Wayne Rooney encontrou espaço e rematou forte, mas Petr Čech defendeu brilhantemente. O ManUnited subia de rendimento e aos 56 minutos outro passe de Scholes desmarcou Giggs, cujo remate de primeira de pé esquerdo passou muito perto da barra. O Chelsea também criou oportunidades, com Drogba a acertar na parte de fora do poste na marcação de um livre, antes de Van der Sar impedir Robben de facturar com uma estirada. O nulo imperou até ao apito final, o que forçou a realização de um prolongamento.
Alex Fergunson mostrou as suas intenções de vencer a partida sem o recurso aos penalties quando substituiu Darren Fletcher pelo avançado Alan Smith, tendo Mourinho respondido com a entrada de Kalou para o lugar de Wright-Phillips. Foi preciso esperar até ao minuto 104 para se assistir a uma oportunidade digna desse nome, com Rooney a cruzar para Giggs, que viu o seu remate ser defendido em cima da linha de golo por Čech.
Na segunda parte do tempo extra, Kalou rematou ao lado do alvo, dando a ideia de que seria necessário o desempate por grandes penalidades pelo terceiro ano consecutivo. No entanto, o Chelsea acabou por marcar aos 116 minutos. Lampard tabelou na perfeição com Drogba e o avançado marfinense não perdoou, assinando o seu 33º golo da temporada. Estava consumada a conquista da quarta Taça de Inglaterra para o Chelsea.
Chelsea 1-0 Manchester United ( final da Taça de Inglaterra)
Drogba 116´
Resumo
Ambiente do novo Estádio de Wembley
Fotos: AP
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