Acusados de indisciplina grosseira, traduzida na apresentação às instalações do clube em estado de embriaguez, faltas aos treinos e aos jogos sem qualquer justificação, entre outros casos graves, Campira e Eurico acabaram por ser literalmente afastados do Maxaquene, pois o seu comportamento era tão nocivo que já começava a criar alguns problemas no seio do plantel.
O caso de Campira, em particular, ganhou contornos gravosos na recente deslocação dos “tricolores” a Tete, para defrontar a HCB de Songo. Na ocasião, segundo nos contaram, o defesa ter-se-ia apresentado no Aeroporto Internacional do Maputo com visíveis sinais de embriaguez, facto que irritou a equipa técnica, os colegas e os dirigentes que acompanhavam a equipa.
Como primeira sanção, Campira e Eurico, este último com outros motivos de indisciplina, foram suspensos, enquanto o processo disciplinar instaurado seguia os seus trâmites legais. Concluído, a Direcção do Maxaquene não teve contemplações: imediata rescisão dos contratos e consequente expulsão do clube.
Professor Neca já não é treinador da Liga Muçulmana
A apenas três jornadas da conclusão do Moçambola-2009 e numa altura em que vários prognósticos e conjecturas são avançados em relação ao nome do futuro campeão, há mudança de treinador num dos candidatos ao título, a Liga Muçulmana. O técnico português Neca, de seu nome completo Manuel Gomes, deixou, ontem, de ser o timoneiro desta equipa, em face da avalanche de maus resultados registados nesta etapa crucial da prova, situação que terá colocado os “muçulmanos” longe dos lugares cimeiros.Fonte do clube revelou que o Prof. Neca colocou o seu lugar à disposição, aparentemente em reconhecimento do descalabro nos seus objectivos, dado que, após meritoriamente a Liga Muçulmana ter estado na liderança do campeonato durante várias jornadas, de repente e incompreensivelmente caiu de forma drástica, com sucessivas derrotas que acabaram pondo em causa a sua possibilidade de se sagrar campeão.
A posição do “mister” foi corroborada pela Direcção do clube, tendo as partes optado por uma rescisão do contrato por mútuo acordo e de forma amigável, estado este, aliás, que norteou o seu relacionamento ao longo do período em que Neca esteve à frente dos destinos da Liga Muçulmana.
Nesta segunda volta, em particular, para além de terem perdido com os outros concorrentes ao título, designadamente Desportivo, Costa do Sol e Ferroviário, os “muçulmanos” sucumbiram perante Chingale e Ferroviário de Nampula, duas formações com a corda ao pescoço. Aliás, se o clube ainda mantinha acesa alguma esperança, a derrota no Estádio 25 de Junho, na ronda passada, terá agitado a situação, culminando com o afastamento do treinador por livre e espontânea vontade.
A Direcção da Liga Muçulmana aceitou o pedido de demissão de Neca, tendo, para o seu lugar, chamado interinamente o adjunto Miguel dos Santos, que para já tem a nobre missão de, não havendo hipóteses de conquistar a prova, pelo menos terminar nos lugares cimeiros, de forma que não se deite abaixo todo o excelente trabalho levado a cabo pelo clube, neste seu terceiro ano no Moçambola.
Nas últimas três jornadas da competição, ainda em falta, os “muçulmanos” defrontam, sucessivamente Maxaquene Textáfrica, no Chimoio, e Matchedje. Na classificação, somam 40 pontos, atrás da dupla da liderança Desportivo e Ferroviário com 47 e do Costa do Sol com 41.
Texto: Michael Cesar (correspondente e colaborador do Desportugal em Moçambique)
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