4º Capítulo - A REVOLUÇÃO PORTUGUESA
Na última semana falámos sobre o aparecimento de um movimento internacional do Futebol de Salão e as implicações na modalidade em Portugal, na sequência das alterações profundas verificadas em Espanha.
Na última semana falámos sobre o aparecimento de um movimento internacional do Futebol de Salão e as implicações na modalidade em Portugal, na sequência das alterações profundas verificadas em Espanha.
Como se lembrarão António Alberca, com o aparecimento do Futsal no Mundo lança-se na corrida à Presidência da FIFUSA, em plano de grande decrescimento e começa a declarar à FIFA guerra aberta. Em Portugal, assiste-se a esta luta titânica com os salonistas portugueses em maior número a optarem pelo movimento do Futsal.
António Alberca impotente para travar a caminhada imparável do Futsal em Portugal, vem ao nosso País e oferece alguns cargos "importantes" a alguns dirigentes portugueses que à data, ficaram completamente babados pela oferta de "grandes títulos internacionais", como por exemplo, Vice-Presidente da FIFUSA, Presidente da Assembleia-geral da FIFUSA, etc., conseguindo com esta "estratégia" dividir os desportistas portugueses.
Nessa altura, estamos nos anos de 1993/94, o País Desportivo, fica dividido em termos de Futebol de Salão, ficando o Sul a jogar Futebol de Salão e o Norte a jogar Futsal e não fora a "perrice" de um dos mais destacados dirigentes do Futsal, que com a oferta de um grande título mundial, passou-se para o Futebol de Salão, que dada a sua grande capacidade financeira, conseguiu levar meia dúzia de Clubes consigo e a derrota do Futebol de Salão seria por KO.
Mesmo assim, António Alberca, joga ainda uma última cartada, consegue realizar com a conivência dos citados desertores uma Taça das Comunidades de Futebol de Salão, no Pavilhão Rosa Mota, apresentando entre as oito selecções, que no início da competição passaram a sete, a Selecção Espanhola, para demonstrar aos Salonistas portugueses que afinal, Eduardo Pinto mentia, pois em Espanha continuava-se a jogar futebol de salão debaixo da alçada da Fifusa e não da FIFA.
Não me dei por vencido, sabendo que a lei desportiva Espanhola obriga a que cada Selecção que pretenda representar oficialmente Espanha, tem de solicitar ao Ministro dos Desportos a respectiva autorização, desloquei-me a Madrid para falar com o Presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Angel Maria Villar (ainda ocupa esta função) que por sua vez falando com o Secretário dos Desportos de Espanha, Cortes Elvira, me entregam um documento oficial, no qual se declarava que nenhuma entidade tinha solicitado autorização para representar a Espanha na Taça das comunidades de Futebol de salão e que quem representava a Espanha na modalidade era a Real Federação Espanhola de Futebol.
Com este documento e a 24 horas do início da prova, dou uma conferência de imprensa, para distribuir toda a documentação que desmascarava António Alberca e os seus pares.
Este já no Porto, reage e conjuntamente com os dirigentes portugueses dirigem-se à Policia Judiciária para apresentar queixa por difamação contra o Presidente da Federação Portuguesa de Futsal, Eduardo Pinto, num show off que exclusivamente pretendeu realizar a prova debaixo da dúvida de quem falaria verdade.
Diz o ditado que contra a força não há resistência, e para que não houvessem quaisquer dúvidas, convidei 30 Jornalistas Portugueses, cobrindo praticamente toda a imprensa escrita e falada e com a colaboração da Real Federação Espanhola de Futebol e Liga Nacional de Futsal de Espanha, levamos a imprensa portuguesa a assistir à Final Four da Taça de Espanha, realizada na cidade Espanhola de Cáceres.
O Resultado é esmagador, todos os jornalistas ficaram de boa aberta, não só com a qualidade do Futsal apresentado pelas equipes participantes mas sobretudo pela aderência do Público que esgotava todas as partidas, simplesmente memorável.
Com esta força e o dinamismo dos dirigentes da Federação Portuguesa de Futsal, começávamos a alargar "fronteiras" sendo criado as Associações de Futsal do Algarve, Viana do Castelo e Guarda, que juntamente com o Porto, Vila Real, Aveiro, Bragança e Braga começam já a impor a Federação Portuguesa de Futsal como a maior entidade no Futebol de Pavilhão.
Vencida a luta com o Futebol de Salão havia agora que nos virarmos para o objectivo inicial traçado e acordado com o próprio Presidente da FIFA, Dr. João Havelange.
Na próxima semana prometo contar pela primeira vez toda a história que permitiu um Dirigente do Anonimato como eu, ter chegado a acordos com a FIFA, directamente discutidos com o seu Presidente.
Eduardo Pinto
Pedro Costa - Treinador de Futsal
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